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Hugo Motta barra Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara

Hugo Motta barra Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara

Decisão fragiliza mandato do deputado, que vive nos EUA; faltas agora podem levar à cassação

Por: Redação

23/09/2025 às 08:08

Imagem de Hugo Motta barra Eduardo Bolsonaro como líder da Minoria na Câmara

Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), rejeitou nesta terça-feira (23) a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da Minoria. A decisão tem efeito imediato: as ausências do parlamentar voltam a ser contabilizadas e ele passa a correr risco de cassação por falta de frequência.

Filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo mora nos Estados Unidos desde fevereiro e não registrou presença em nenhuma sessão no período. Pelas regras internas, um deputado perde o mandato se faltar, sem justificativa, a mais de um terço das sessões.

A indicação havia sido feita em 16 de setembro pelo líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), justamente para resguardar o mandato de Eduardo. Isso porque líderes partidários têm isenção em relação à cobrança de presença, regra criada em 2015 pela Mesa Diretora sob comando de Eduardo Cunha.

O despacho de Motta veio um dia após o anúncio de novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras, com base na Lei Magnitsky. Entre os alvos estão Jorge Messias, advogado-geral da União, e Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do STF Alexandre de Moraes. Fontes em Brasília associam a decisão da Câmara à pressão política decorrente das atividades de Eduardo em Washington, que teriam irritado parte do Judiciário e setores do Congresso.

O parecer que embasou a decisão destaca que o regimento da Casa exige registro presencial de frequência nos terminais da Câmara. Reconhece que, em situações excepcionais, como a pandemia, foi permitido o uso do aplicativo Infoleg, mas reforça que isso não elimina o dever dos parlamentares de comunicar previamente qualquer ausência do país.

Além disso, o documento afirma que a função de líder exige presença física ainda maior, já que envolve orientar votações, atuar em comissões e encaminhar requerimentos. Para Motta, manter Eduardo no posto sem comparecimento tornaria a liderança meramente simbólica.

Com a decisão, o futuro político do deputado fica em aberto. Caso a Câmara entenda que houve abandono de mandato, Eduardo Bolsonaro pode ter o mandato cassado, num movimento que deve aumentar a tensão entre a base bolsonarista, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.

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