Após Barroso, Cármen Lúcia avalia aposentadoria antecipada no STF

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria avaliando a possibilidade de antecipar sua aposentadoria — inicialmente prevista para 2029 —, segundo publicação do portal O Antagonista, assinada pelo jornalista Cláudio Dantas. Caso a decisão se confirme, a saída ocorreria ainda durante o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abrindo espaço para mais uma nomeação ao Supremo e ampliando o peso político do atual governo dentro da Corte.

De acordo com a reportagem, o desgaste emocional acumulado ao longo dos últimos anos teria motivado a reflexão. Assim como o ministro Luís Roberto Barroso — que antecipou sua aposentadoria —, Cármen Lúcia teria buscado apoio em práticas espirituais alternativas para manter o equilíbrio físico e mental.

A publicação também associa a ministra a preocupações de ordem prática: a suposta revogação de seu visto americano e o receio de se tornar alvo de sanções internacionais com base na Lei Magnitsky. Segundo a matéria, esse cenário poderia restringir movimentações financeiras no exterior, limitando alternativas de residência fora do país.

Outro ponto destacado seria a simpatia da ministra por articulações de lobistas que defendem que a vaga deixada por Luís Roberto Barroso seja ocupada por uma mulher — o que aumentaria a pressão política sobre o Planalto para uma indicação alinhada a essa pauta identitária.

Até o fechamento desta matéria, não houve confirmação oficial sobre a intenção de aposentadoria antecipada. Cármen Lúcia mantém histórico de postura institucional discreta e evita declarações públicas sobre temas políticos.