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Barco de luxo que abriga Lula na COP30 tem histórico de contratos públicos e polêmicas
Barco de luxo que abriga Lula na COP30 tem histórico de contratos públicos e polêmicas
Embarcação Iana III, apresentada como “regional e simples” pela Secom, é símbolo de contradições do discurso de austeridade do governo
Por: Redação
04/11/2025 às 19:44

Foto: Divulgação
O iate Iana III, alugado para hospedar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a COP30, em Belém (PA), voltou aos holofotes por motivos que o Palácio do Planalto preferiria evitar. O barco, apresentado oficialmente como uma embarcação “regional amazônica”, possui histórico de contratos públicos e já foi citado em denúncias de irregularidades no Amazonas.
A embarcação pertence ao empresário Iomar Oliveira, dono de uma frota usada por governos estaduais e campanhas políticas. No passado, outras lanchas do grupo já foram vinculadas a licitações suspeitas e contratos superfaturados — embora o empresário negue qualquer envolvimento direto.
Luxo com verba pública
Apesar de Lula ter afirmado que “não queria luxo” na COP30, o Iana III está longe de ser simples. O barco possui três andares, cabines climatizadas, deck panorâmico, área gourmet e suítes presidenciais — estrutura mais próxima de um resort flutuante do que de uma hospedagem institucional.
Fontes locais revelam que o custo do aluguel ainda não foi divulgado pelo governo federal, o que tem alimentado críticas sobre uso de dinheiro público em plena crise fiscal. O Planato recusou a oferta da Marinha, que havia disponibilizado um navio militar gratuito, alegando que as instalações eram “inadequadas”.
Repercussão e críticas
Nas redes sociais, o episódio já ganhou o apelido de “barco da hipocrisia”, refletindo o contraste entre o discurso de austeridade do presidente e a prática do governo durante o evento climático.
Deputados da oposição afirmam que o caso revela “a velha elite petista de volta ao luxo com dinheiro público”, enquanto o país enfrenta desemprego, inflação e queda na confiança do consumidor.
“Enquanto o povo paga caro pela comida e pelo combustível, o presidente navega num iate milionário. Essa é a versão petista da sustentabilidade”, ironizou um parlamentar aliado de Eduardo Bolsonaro.
O paradoxo da “COP da verdade”
A hospedagem luxuosa de Lula ocorre no mesmo evento em que o governo promete liderar a “COP da verdade” e defender políticas ambientais mais rígidas. Para críticos, a cena do presidente e da primeira-dama Janja da Silva dançando no deck do barco, divulgada na última segunda-feira, sintetiza o contraste entre o discurso populista e a prática elitista do atual governo.
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