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CPMI do INSS prende empresário ligado ao “Careca” por falso testemunho

CPMI do INSS prende empresário ligado ao “Careca” por falso testemunho

Rubens Oliveira Costa é acusado de mentir, omitir documentos e se contradizer em depoimento; relator aponta movimentações milionárias em fraudes contra aposentados

Por: Redação

23/09/2025 às 08:42

Empresário Rubens Oliveira Costa durante depoimento na CPMI do INSS

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS decretou, nesta segunda-feira (22), a prisão em flagrante do empresário Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ele é o primeiro depoente detido pela comissão, acusado de mentir e omitir informações durante o depoimento.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Republicanos-MG), anunciou a decisão após pedido do relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL). “Diante das mentiras constatadas, das contradições flagrantes e da ocultação de documentos, está caracterizado crime de falso testemunho”, disse Viana ao dar voz de prisão.

Rubens foi levado pela Polícia Legislativa a um recinto reservado no Congresso. O Senado ainda avalia se ele será transferido para uma carceragem da Polícia Federal.

Apontado pela Polícia Federal como operador financeiro do “Careca”, o empresário teria movimentado dezenas de milhões de reais em empresas de consultoria acusadas de aplicar descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas. Relatórios citados pela comissão apontam que apenas a Prospect Consultoria movimentou mais de R$ 100 milhões entre 2023 e 2024.

Durante a oitiva, Rubens negou inicialmente ter ligação com algumas companhias investigadas, mas acabou se contradizendo ao admitir que administrava empresas como a Acca e a Prospect Consultoria. Questionado sobre valores bilionários movimentados pelas firmas e sobre saques milionários em espécie, preferiu o silêncio ou disse não se recordar.

“Estamos diante de alguém que chegou como testemunha e sai como investigado. Movimentou milhões de reais de brasileiros sofridos e até agora não tinha nenhuma cautelar preventiva”, afirmou o relator.

O depoimento também revelou conexões políticas. Rubens confirmou ter atuado em negócios ligados a Gustavo Gaspar, assessor do senador Weverton Rocha (PDT-MA), e admitiu encontros recentes com ele, mesmo após o avanço das investigações da Operação Sem Desconto.

A CPMI já havia solicitado ao ministro do STF André Mendonça a prisão preventiva de Rubens e outros 20 investigados. Após o flagrante, a comissão informou que vai reforçar o pedido de celeridade no Supremo.

Para Gaspar, o caso expõe um esquema que drenou recursos de aposentados e pensionistas.

“É um desrespeito a quem está na fila do remédio, a viúva que chora para pagar as contas, ao trabalhador que ficou sem dinheiro no fim do mês”, disse.

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