Deputados tentam revogar decreto de Lula sobre educação inclusiva
Medida restringe atuação de APAEs e instituições especializadas; oposição acusa o governo de “ideologizar” o ensino
Por: Redação
04/11/2025 às 10:16

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Mais de 40 deputados federais protocolaram projetos na Câmara dos Deputados para revogar o Decreto nº 12.686/2025, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que institui a Política Nacional de Educação Especial Inclusiva .
O decreto determina que alunos com deficiência estudem exclusivamente na rede regular de ensino, reduzindo o papel de instituições especializadas, como as APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) e escolas adaptadas. Parlamentares de diferentes partidos argumentam que a medida fere o direito das famílias de escolher o modelo educacional mais adequado para seus filhos.
A deputada Rosana Valle (PL-SP), uma das vozes mais ativas contra o decreto, classificou a decisão como “um retrocesso travestido de inclusão”.
“O governo quer acabar com as escolas especiais, que são fundamentais para o desenvolvimento de crianças com necessidades específicas. Isso não é inclusão, é abandono”, afirmou Valle.
Reação das instituições e da sociedade civil
A Federação Nacional das APAEs divulgou uma nota de repúdio, acusando o governo federal de ignorar décadas de experiência e resultados positivos das instituições que atendem pessoas com deficiência.
“O decreto desconsidera as especificidades do público que atendemos e coloca em risco o direito de aprendizado de milhares de alunos”, diz o comunicado.
Entidades de pais e professores também se manifestaram contra a medida, afirmando que a política do governo não leva em conta a infraestrutura precária da maioria das escolas públicas, o que inviabiliza uma inclusão efetiva.
Resistência no Congresso
Os parlamentares oposicionistas prometem barrar a medida no Legislativo e articulam a aprovação de um decreto legislativo sustando os efeitos da norma. Deputados do PL, PP, Republicanos e Novo já anunciaram apoio à iniciativa.
“É mais uma pauta ideológica do governo Lula que tenta impor uma visão única e centralizadora, sem diálogo com a sociedade”, disse o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).
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