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Em posse como ministro, Boulos pede minuto de silêncio por mortos em operação no Rio

Em posse como ministro, Boulos pede minuto de silêncio por mortos em operação no Rio

Novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência usa cerimônia no Planalto para criticar ação policial; gesto é visto como tentativa de agradar a base militante e reforçar discurso do governo Lula

Por: Redação

29/10/2025 às 21:30

Imagem de Em posse como ministro, Boulos pede minuto de silêncio por mortos em operação no Rio

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Durante sua cerimônia de posse como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, o deputado licenciado Guilherme Boulos (PSOL-SP) pediu nesta quarta-feira (29) um minuto de silêncio pelas vítimas da megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 119 mortos, entre eles quatro policiais.

O pedido foi feito na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto, e gerou desconforto entre aliados mais moderados do governo, especialmente por não ter diferenciado criminosos de agentes do Estado mortos em serviço.

“Peço um minuto de silêncio pelas vítimas da violência no Rio de Janeiro”, declarou Boulos, em tom solene, sem mencionar os policiais mortos na ação.

 

Posse com discurso ideológico

A nomeação de Boulos — feita por Lula na última semana — marca uma nova fase política do Planalto, com o avanço de quadros da esquerda radical sobre cargos estratégicos. O deputado do PSOL assume o lugar de Márcio Macêdo (PT) e terá como missão articular o governo com movimentos sociais e sindicatos, além de mobilizar as bases eleitorais petistas para 2026.

Aliados de Lula avaliam que o gesto do novo ministro buscou reforçar sua imagem junto à militância, especialmente após a forte repercussão da operação fluminense, classificada por setores da esquerda como “violenta” e “desproporcional”.

Já integrantes da oposição criticaram a fala e consideraram o ato “um desrespeito aos policiais mortos e às forças de segurança”.

“Homenagear bandidos e ignorar policiais assassinados é um retrato fiel do que virou a esquerda brasileira”, afirmou um deputado ligado à bancada da segurança pública.

 

Operação e contexto político

A megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio, foi considerada a mais letal da história do estado, com 119 mortos e mais de 80 prisões. A ação visava desarticular o Comando Vermelho (CV) e impedir o avanço territorial da facção.

Enquanto o governador Cláudio Castro (PL) defendeu a operação como “um marco no enfrentamento ao narcotráfico”, o governo Lula e ministros como Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes pediram esclarecimentos e cautela.

A atitude de Boulos, portanto, se insere no contexto de polarização entre o discurso progressista do Planalto e a linha dura adotada pelos governos estaduais da direita, que defendem o uso firme da força policial no combate às facções.

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