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Filho de ministro de Lula na mira da CPMI por suspeita de atuar em fraude bilionária no INSS
Filho de ministro de Lula na mira da CPMI por suspeita de atuar em fraude bilionária no INSS
Senador Izalci vê conflito de interesses em atuação de Enrique Lewandowski na defesa de entidades acusadas de fraude bilionária contra aposentados
Por: Redação
19/09/2025 às 09:30

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O advogado Enrique Lewandowski, filho do ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, entrou na mira da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. Um requerimento de convocação apresentado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) pede que ele seja ouvido pelos parlamentares sob suspeita de conflito de interesses e possível tráfico de influência.
Enrique foi contratado para defender duas entidades acusadas de comandar fraudes previdenciárias: a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec) e o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap). Segundo a Advocacia-Geral da União, essas organizações funcionavam como “entidades de fachada”, responsáveis por desviar cerca de R$ 730 milhões de aposentados e pensionistas.
O contrato firmado previa representação das entidades em órgãos federais, como a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), vinculada ao ministério chefiado por seu pai. Para Izalci, o caso levanta dúvidas sobre blindagem político-jurídica do esquema e tentativa de obstrução da Justiça.
Em nota ao jornal O Globo, Enrique negou qualquer ligação de seu escritório com o Ministério da Justiça e disse que o contrato se restringia a serviços administrativos. Também declarou ao Estadão que se desvinculou do Cebap após o início das investigações. Documentos, porém, mostram reunião dele com o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em dezembro de 2024.
O ministro Ricardo Lewandowski já defendeu publicamente o filho. Em audiência na Câmara, em abril, negou qualquer conflito de interesses e afirmou que a atuação do escritório é “perfeitamente legal”, sem envolvimento com sua pasta.
A CPMI deve questionar Enrique sobre três pontos principais: a origem dos recursos que pagaram seus honorários, contatos com operadores do esquema — como o empresário Maurício Camisotti — e possíveis interlocuções com agentes públicos em nome dos clientes.
Para Izalci, a convocação é imprescindível: “Ignorá-la seria uma falha indesculpável. Ele esteve na linha de frente da defesa dos beneficiários da fraude”.
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