Gastos com viagens do governo Lula quintuplicam e atingem R$ 5 milhões por dia

Os gastos do governo Luiz Inácio Lula da Silva com viagens oficiais dispararam de forma inédita em 2025. Dados do Portal da Transparência apontam que as despesas médias com diárias e passagens de servidores e autoridades federais saltaram de R$ 1 milhão para quase R$ 5 milhões por dia, entre os meses de março e outubro deste ano.

O número representa uma alta de quase 400% em comparação com os primeiros 45 dias do ano. Segundo a reportagem, a escalada ocorreu mesmo com o avanço das tecnologias de comunicação que poderiam reduzir deslocamentos — como videoconferências —, revelando uma postura dispendiosa do Executivo federal.

A conta que não fecha para o contribuinte

Os valores divulgados não incluem os gastos com os deslocamentos do próprio Lula, da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, e de outras 45 autoridades que utilizam jatinhos da Força Aérea Brasileira — despesas que correm paralelas e não são computadas nas estatísticas de diárias e passagens.

Somente de janeiro até meados de outubro, a conta total com diárias e passagens superou R$ 1,4 bilhão — montante que pesa diretamente no bolso do contribuinte brasileiro

Críticas e desgaste político

O aumento explosivo dos gastos ocorre em meio a críticas ao governo por priorizar agendas internacionais e viagens de comitivas numerosas, em vez de investir em soluções internas para problemas fiscais e sociais do país.

O crescimento das despesas também reforça o discurso da oposição, que acusa o Planalto de adotar práticas incompatíveis com o cenário econômico enfrentado pela população.

“É um governo que viaja demais e entrega de menos”, ironizou um parlamentar conservador.

O debate sobre gastos públicos se intensificou com a frequência recorde de viagens internacionais de Lula em 2025, além do uso recorrente de aeronaves oficiais. Especialistas apontam que, embora parte dessas viagens tenha caráter diplomático, o volume e o custo levantam questionamentos sobre prioridades orçamentárias e gestão eficiente dos recursos públicos.

Para opositores, a conta bilionária das viagens petistas reforça o contraste entre discurso e prática: enquanto o governo pede “responsabilidade fiscal”, multiplica despesas com deslocamentos e diárias de autoridades.