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Governo Lula renova contratos milionários com empresa proibida de atuar no setor público

Governo Lula renova contratos milionários com empresa proibida de atuar no setor público

Mesmo impedida de prestar serviços à União por irregularidades e suspeita de fraude, firma de vigilância teve R$ 14,8 milhões em contratos prorrogados após omissão do MEC

Por: Redação

18/07/2025 às 15:28

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Foto: Reprodução/ Google Street View

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) renovou contratos que somam R$ 14,8 milhões com a empresa AC Segurança LTDA, mesmo após a firma ter sido formalmente punida e proibida de celebrar contratos com o poder público. A irregularidade contraria a Lei 14.133/2021, conhecida como a nova Lei de Licitações e Contratos.

A sanção foi aplicada em março pelo Ministério da Educação (MEC), após denúncias de atraso de salários a funcionários terceirizados e suspeitas de fraudes em licitações. Apesar da punição ter sido publicada no Diário Oficial da União (DOU), o MEC não inseriu o bloqueio nos cadastros oficiais do governo – o Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) e o Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) – como exige a lei.

Essa omissão permitiu que quatro ministérios – Agricultura, Pesca, Ciência e Tecnologia, e Desenvolvimento Social – renovassem contratos com a empresa. A Controladoria-Geral da União (CGU) também firmou termo de apostilamento com a firma, repassando atribuições de contrato ao Ministério da Pesca. Em nota, os órgãos alegaram que não havia registro da sanção nos sistemas eletrônicos. No entanto, a informação constava no DOU desde março.

O próprio MEC levou mais de três meses além do prazo legal para atualizar os dados. A lei determina que o registro seja feito em até 15 dias úteis. A demora só foi corrigida no último dia 8 de julho, após questionamento da imprensa.

Além da punição, a AC Segurança é investigada pela Polícia Federal na Operação Dissímulo, acusada de participar de um esquema de simulação de concorrência e fraude em licitações, com contratos bilionários. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, chegou a declarar a empresa como vencedora de uma nova licitação de R$ 7,2 milhões, mesmo com a proibição vigente.

O caso escancara falhas graves de governança e fiscalização no governo federal e expõe a fragilidade na aplicação da nova Lei de Licitações. Enquanto ministérios renovam contratos milionários com empresas alvo de sanções e investigações, a impunidade administrativa e a desorganização dos órgãos responsáveis minam a transparência e a legalidade na gestão pública.

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