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Luiz Fux suspende julgamento de Sergio Moro por suposta calúnia contra Gilmar Mendes
Luiz Fux suspende julgamento de Sergio Moro por suposta calúnia contra Gilmar Mendes
Com maioria já formada para manter o ex-juiz como réu, ministro do STF pediu vista e adiou a conclusão do julgamento por até 90 dias
Por: Redação
11/10/2025 às 09:14

Foto: Felipe Sampaio/SCO/STF
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta sexta-feira (10) pedir mais tempo para analisar o recurso apresentado pelo senador Sergio Moro (União-PR) no processo em que é acusado de suposta calúnia contra o decano da Corte, Gilmar Mendes. A medida suspende o julgamento por até 90 dias, conforme prevê o regimento interno do tribunal.
A Primeira Turma do STF já havia formado maioria para manter Moro como réu no processo. Votaram nesse sentido os ministros Cármen Lúcia (relatora), Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Faltava apenas o voto de Fux, que decidiu pedir vista, adiando a conclusão do julgamento.
Entenda o caso
Em abril de 2023, circulou nas redes sociais um vídeo no qual Moro diz: “para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”. A frase gerou forte repercussão, levando Gilmar a acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou denúncia contra o ex-juiz por suposto crime de calúnia — imputando falsamente corrupção passiva ao ministro.
Moro afirmou que a fala foi feita “em tom de brincadeira” e não representa seu posicionamento sobre a Corte. A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia em junho de 2024, tornando-o réu. O senador recorreu da decisão três meses depois.
Nesta quarta-feira (8), o ex-ministro da Justiça acusou setores da esquerda de explorarem politicamente o caso e afirmou confiar em um julgamento “técnico e imparcial”. “É tão absurda a ação penal que eu não posso levar a sério. Vamos esperar que o Supremo julgue conforme a lei e a prova”, declarou.
Próximos passos
Com o pedido de vista de Fux, o julgamento ficará suspenso por até 90 dias. Após esse prazo, o caso deve retornar automaticamente à pauta da Primeira Turma para a conclusão da votação. Caso a maioria seja confirmada, Moro continuará respondendo ao processo como réu.
A decisão ocorre em um momento de forte tensão entre alas políticas e jurídicas, e é acompanhada de perto tanto pelo meio jurídico quanto por setores do Congresso. Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, se tornou uma das principais vozes da oposição no Senado.
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