Lula quer Pacheco em Minas, mas PT já articula Kalil como plano B para 2026
Sem confiança na candidatura de Rodrigo Pacheco, lideranças petistas cogitam relançar Alexandre Kalil ao governo mineiro, com apoio de sigla de centro
Por: Redação
20/07/2025 às 11:25

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Embora o presidente Lula (PT) ainda insista no nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para disputar o governo de Minas Gerais em 2026, setores do próprio PT já trabalham nos bastidores com um plano alternativo: a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (Republicanos).
De acordo com apuração da coluna Igor Gadelha, lideranças do PT mineiro estão descrentes da disposição de Pacheco em entrar na disputa e consideram improvável sua eleição em um estado majoritariamente conservador. O senador — que presidiu o Senado durante parte do governo Bolsonaro e parte do governo Lula — tem sinalizado que pretende deixar a vida política ao fim de seu mandato, em 2026.
Diante disso, parlamentares do PT local já iniciaram conversas sobre uma eventual migração de Kalil para uma sigla de centro que esteja alinhada à candidatura de Lula à reeleição — como o MDB ou o próprio PSD, legenda da qual Kalil já fez parte.
Kalil: apoio de Lula em 2022, derrota para Zema
Kalil, que foi derrotado por Romeu Zema (Novo) nas eleições de 2022, ainda é visto como um nome viável, especialmente se contar novamente com o apoio explícito de Lula, como ocorreu no último pleito. Apesar disso, enfrenta resistência dentro do próprio PSD, especialmente por parte do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, aliado direto de Pacheco.
Silveira ainda tenta convencer o senador a reconsiderar sua decisão e disputar o Palácio Tiradentes como nome de consenso da base lulista. No entanto, a avaliação interna no PT é que Pacheco não reúne densidade eleitoral suficiente, mesmo com o apoio do Planalto.
Lula aguarda definição no segundo semestre
Fontes do PT em Minas indicam que Lula espera uma resposta definitiva de Pacheco até o segundo semestre de 2025, a fim de abrir espaço para a construção de uma candidatura alternativa. Caso o senador confirme a desistência, Kalil deve ser alçado como plano B, com aval do petismo nacional e articulação com forças de centro.
A disputa pelo segundo maior colégio eleitoral do país será estratégica para 2026, tanto para Lula quanto para seus adversários. Minas foi um dos estados decisivos no segundo turno da eleição presidencial de 2022 e pode novamente desempenhar papel central na corrida pelo Planalto.
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