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Mesmo com alta da criminalidade na Bahia, Jerônimo oferece policiais ao Rio

Mesmo com alta da criminalidade na Bahia, Jerônimo oferece policiais ao Rio

Enquanto o estado baiano enfrenta uma das maiores taxas de homicídios do país, governador petista diz que pode enviar efetivo para ajudar Cláudio Castro no enfrentamento ao crime organizado

Por: Redação

29/10/2025 às 21:17

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), afirmou nesta quarta-feira (29) que colocou policiais baianos à disposição do Rio de Janeiro, em meio à crise de segurança que se seguiu à megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 119 mortos.

“Hoje pela manhã, no grupo de governadores, colocamos à disposição, se a gente puder ajudar com envio de policiais, fazendo mutirão”, declarou Jerônimo, ao elogiar a atuação do governo federal e do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

A oferta chamou atenção porque a Bahia vive uma das piores crises de segurança pública do país, registrando 2.835 homicídios entre janeiro e setembro deste ano — média de 10 assassinatos por dia. No mesmo período, o Rio de Janeiro teve 2.505 homicídios, segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça.

 

Críticas à contradição

A declaração de Jerônimo provocou críticas de opositores e analistas de segurança, que consideraram incoerente o envio de policiais para outro estado enquanto a violência cresce dentro da própria Bahia.

“É como se o governador quisesse apagar incêndio na casa do vizinho enquanto a sua está em chamas”, afirmou um deputado baiano ligado à oposição.

Nos últimos meses, a Bahia vem enfrentando ondas de ataques e chacinas atribuídas a facções, com cidades do interior — como Feira de Santana, Camaçari e Lauro de Freitas — registrando confrontos diários entre PCC, Bonde do Maluco e o próprio Comando Vermelho.

Enquanto isso, o governador Cláudio Castro (PL), do Rio, tem recebido apoio de governadores de direita, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Ronaldo Caiado (GO), que defendem ações firmes contra o narcotráfico e criticam a postura branda do governo federal diante do avanço do crime.

 

Contexto político

O gesto de Jerônimo foi interpretado por observadores como uma tentativa de alinhamento político com o Planalto, após o presidente Lula e o ministro Lewandowski elogiarem a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de convocar o governo do Rio para prestar esclarecimentos sobre a operação.

Enquanto governadores aliados de Lula defendem “diálogo e moderação” nas ações de segurança, líderes conservadores afirmam que o país precisa de ações mais firmes e coordenação nacional para combater facções interestaduais — incluindo o Comando Vermelho, que atua fortemente na Bahia e no Rio.

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