Mini celulares viram ‘arma invisível’ do CV em presídios da Bahia
Aparelhos de 5 cm facilitam comunicação de facções e desafiam segurança penitenciária
Por: Redação
28/10/2025 às 09:01

Foto: Reprodução
Uma tecnologia minúscula está ampliando a influência do Comando Vermelho dentro do sistema prisional baiano. Mini celulares, com menos de 5 centímetros, vêm sendo utilizados como ferramentas estratégicas para coordenar ações criminosas e manter a hierarquia da facção ativa mesmo atrás das grades.
Os aparelhos, menores que um dedo indicador, podem ser escondidos atrás da orelha e são difíceis de detectar visualmente. Em julho, dois desses dispositivos foram interceptados ao serem levados para a Cadeia Pública de Salvador. A apreensão ocorreu graças ao uso de scanners corporais — tecnologia essencial para conter a entrada de objetos ilícitos.
Segundo o promotor Edmundo Reis, coordenador do Grupo Especial de Execução Penal do Ministério Público do Estado da Bahia, o CV intensificou sua expansão na região. “O estado está dominado por uma cadeia logística do PCC. Agora, o Comando Vermelho busca conquistar a Bahia, o Norte e o Nordeste”, afirmou.
Embora não haja estatísticas locais consolidadas, uma operação nacional realizada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, apreendeu quase 900 celulares em presídios do país em março. Em 2024, o total de aparelhos recolhidos chegou a 4,7 mil, revelando a dimensão do problema.
A facilidade de ocultação e o baixo custo desses dispositivos tornam-nos um desafio crescente para autoridades penitenciárias, que buscam reforçar o controle e evitar que as prisões sigam funcionando como escritórios do crime.
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