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Ministro da Secom é alvo de denúncia no MPF por suposto favorecimento a sócio
Ministro da Secom é alvo de denúncia no MPF por suposto favorecimento a sócio
Produtora ligada a aliado de Sidônio venceu contratos milionários com Caixa e Embratur após a posse de Lula
Por: Redação
04/11/2025 às 09:59

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por suposto favorecimento a um ex-sócio em contratos firmados com o governo federal. O caso foi protocolado nesta segunda-feira (3) pelo deputado Guto Zacarias (União-SP), após reportagens da Gazeta do Povo e do Estadão revelarem contratações da produtora “Macaco Gordo”, de Francisco Kertész, parceiro comercial de Sidônio.
Segundo a denúncia, a empresa venceu todas as licitações que disputou na Caixa Econômica Federal e ainda obteve dois contratos com a Embratur, totalizando R$ 12 milhões em recursos públicos.
“Simplesmente não é crível que o sócio de um ministro de Estado — ainda mais um ministro extremamente próximo à Presidência da República — tenha ganho diversas licitações em série após a nomeação do referido ministro”, diz o documento enviado ao MPF.
Sidônio e Kertész atuaram juntos na campanha de Lula em 2022, por meio da produtora Nordx, registrada também sob o nome M4 Comunicação e Propaganda. A empresa foi responsável por peças publicitárias oficiais do PT durante a disputa eleitoral.
Após a vitória de Lula, a produtora de Kertész passou a vencer licitações consecutivas em órgãos federais — fato que, segundo a representação, caracteriza possível favorecimento político e uso indevido da máquina pública.
Em nota, Sidônio Palmeira negou qualquer interferência, afirmando que se afastou da gestão empresarial ao assumir o cargo de ministro.
A produtora Macaco Gordo também afirmou que os contratos com a Embratur foram firmados antes da posse de Sidônio na Secom e obtidos por menor preço em chamada pública.
“O valor de produção foi de R$ 1,97 milhão para uma campanha nos Estados Unidos e R$ 1,99 milhão para um vídeo de realidade virtual. A seleção foi feita por meio de processo público e transparente”, disse a empresa.
Já a Caixa Econômica Federal declarou que as contratações seguiram “critérios técnicos e legais”, conduzidas por agências de publicidade licitadas que definiram os fornecedores de produção audiovisual.
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