Ministro de Lula fala em “trocar a carteira de trabalho pelo Bolsa Família”
Wellington Dias é criticado após sugerir que o objetivo do governo seria substituir o emprego formal por dependência do programa social; fala é vista como retrato do populismo petista
Por: Redação
31/10/2025 às 09:09

Foto: Reprodução
Uma declaração do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT), provocou forte reação nesta semana. Durante um evento oficial em Montes Claros (MG), o ministro sugeriu que o objetivo do governo seria que os brasileiros “trocassem a carteira de trabalho pelo cartão do Bolsa Família”, declaração que gerou imediata indignação nas redes sociais e foi interpretada como símbolo da dependência social promovida pelo governo Lula.
A fala ocorreu na última segunda-feira (27), durante o lançamento de um programa federal. Ao lado do prefeito de Salinas (MG), Kinca Dias (PDT), o ministro endossou um discurso sobre superação da pobreza e geração de renda.
“Queremos cada vez mais, como foi dito pelo nosso ministro, que nós possamos, no futuro, trocar a carteira de trabalho...”, disse o prefeito.
Ao que Wellington completou: “...pelo cartão do Bolsa Família, porque saiu da pobreza.”
A declaração, amplamente divulgada nas redes, foi vista como um deslize revelador da visão assistencialista do governo petista, que prioriza programas de transferência de renda em detrimento da geração de empregos e da produtividade.
Após a repercussão negativa, Kinca Dias tentou amenizar o episódio, afirmando que houve “dupla interpretação” e que a intenção era o oposto: defender que as pessoas deixem de depender do Bolsa Família e conquistem emprego formal.
“O presidente quer que a população cada vez mais consiga emprego e não dependa mais do cartão do Bolsa Família”, justificou o prefeito.
Mesmo assim, a fala reforçou críticas ao modelo de governança petista, apontado por opositores como dependente de políticas de assistencialismo eleitoral. Parlamentares da oposição afirmaram que o comentário expõe a mentalidade do governo, “que prefere manter o povo dependente do Estado a estimular o trabalho e o empreendedorismo”.
A declaração surge em um momento de tensão política, em que o governo enfrenta queda de popularidade e dificuldades fiscais, enquanto o Bolsa Família segue sendo uma das principais vitrines do presidente Lula.
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