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Moraes acusa Bolsonaro de “atentar contra soberania” por diálogo com EUA

Moraes acusa Bolsonaro de “atentar contra soberania” por diálogo com EUA

Decisão do STF se baseia em supostas conversas com autoridades americanas; defesa critica medidas como abusivas e desproporcionais

Por: Redação

18/07/2025 às 10:57

Imagem de Moraes acusa Bolsonaro de “atentar contra soberania” por diálogo com EUA

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18) uma série de medidas restritivas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo busca e apreensão em seus endereços, uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno. A decisão foi motivada por alegações da Polícia Federal (PF) de que Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), teriam feito articulações com autoridades dos Estados Unidos contra membros do Estado brasileiro.

Segundo a PF, pai e filho teriam buscado apoio de representantes do governo norte-americano com o objetivo de denunciar perseguição judicial sofrida no Brasil, especialmente no âmbito da ação penal que investiga suposta tentativa de golpe. A corporação afirma que essa atuação representaria uma tentativa de “submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro Estado estrangeiro”.

No despacho, Moraes aponta indícios de crimes como coação no curso do processo, obstrução de justiça e atentado à soberania nacional. Ele sustenta que as conversas configurariam “atos hostis” contra o Judiciário brasileiro, e menciona “confissões da prática de atos criminosos” por parte do ex-presidente.

Entre as medidas impostas, Bolsonaro está proibido de sair de casa entre 19h e 6h nos dias úteis, e durante todo o fim de semana e feriados. Também não poderá frequentar embaixadas, nem manter contato com diplomatas ou outros investigados. A tornozeleira foi instalada na sede da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape), em Brasília.

A defesa de Bolsonaro criticou com veemência as medidas, afirmando que elas foram recebidas “com surpresa e indignação” e que o ex-presidente “sempre cumpriu com todas as determinações do Judiciário”. Advogados prometem se pronunciar com mais detalhes após acesso completo à decisão.

Aliados políticos do ex-presidente classificaram a operação como uma nova tentativa de retirá-lo da arena política e lembraram que as ações ocorrem um dia após Bolsonaro receber uma carta pública de apoio de Donald Trump. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), em publicação no X, ironizou: “Venezuela está com inveja”.

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