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Moraes diz que declarações de Trump ajudaram Bolsonaro a atacar soberania nacional
Moraes diz que declarações de Trump ajudaram Bolsonaro a atacar soberania nacional
Ministro afirma que publicações do ex-presidente dos EUA reforçaram atos de Jair e Eduardo Bolsonaro contra o STF; PGR fala em "ato de guerra"
Por: Redação
18/07/2025 às 18:00

Foto: André Borges
Na decisão que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serviram de base para ações do ex-mandatário brasileiro e de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em supostos atos contra a soberania nacional.
De acordo com Moraes, as manifestações públicas de Trump — em especial uma postagem nas redes sociais feita em 7 de julho — teriam incentivado condutas investigadas pela Polícia Federal, como coação, obstrução da Justiça e ataques ao sistema institucional brasileiro.
“O ápice das condutas executórias dos ilícitos penais praticados por Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro passou a ocorrer a partir das primeiras declarações do presidente dos Estados Unidos da América atentatórias à soberania nacional e à independência do Poder Judiciário”, diz o ministro.
Na publicação mencionada, Trump afirma que Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas” promovida pelo STF. O ex-presidente norte-americano também sugeriu que as ações contra o ex-presidente brasileiro estariam relacionadas ao cenário eleitoral de 2026, dizendo que Bolsonaro “lidera nas pesquisas” e que deveria ser julgado apenas “pelos eleitores do Brasil”.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também fez referência à postagem de Trump ao formalizar a acusação contra Jair e Eduardo Bolsonaro. Para o órgão, houve tentativa de “internacionalização do conflito” com ameaças de sanções dos EUA contra o Brasil, mencionadas em comentário de Eduardo Bolsonaro.
A PGR ainda destacou que Jair Bolsonaro, ao reagir à decisão de Trump sobre tarifas comerciais, fez novas ameaças aos Poderes, afirmando: “A escalada de abusos, censura e perseguição política precisam parar. O alerta foi dado, e não há mais espaço para omissões”.
O caso amplia a tensão institucional entre o Supremo e aliados de Bolsonaro e agora incorpora um componente internacional, com o envolvimento direto de um chefe de Estado estrangeiro em temas internos da Justiça brasileira.
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