Netflix culpa Fisco brasileiro por queda na margem operacional
Empresa afirma que autuações fiscais inesperadas no país reduziram seu desempenho financeiro no terceiro trimestre de 2025
Por: Redação
22/10/2025 às 09:58

Foto: Divulgação
A Netflix responsabilizou o sistema tributário brasileiro pela redução de sua margem operacional no terceiro trimestre deste ano. Em comunicado aos acionistas, a gigante do streaming explicou que o impacto de autuações fiscais no Brasil foi determinante para que a margem ficasse em 28%, abaixo da meta estabelecida de 31,5%.
A empresa classificou as cobranças como “despesas inesperadas” e apontou que a carga tributária no país segue sendo um dos principais desafios para operações internacionais. O episódio ocorre num momento em que diversas empresas estrangeiras questionam a complexidade e a imprevisibilidade do ambiente fiscal brasileiro, frequentemente alvo de críticas do setor produtivo.
Ambiente tributário hostil
A autuação, embora não detalhada, reforça a percepção de que a alta carga de impostos e a falta de previsibilidade jurídica dificultam a expansão de empresas no Brasil. Grandes corporações têm alertado que o modelo tributário atual compromete investimentos e pressiona margens — o que afeta preços e oferta de serviços ao consumidor
Reforma tributária em debate
Enquanto a empresa lida com os efeitos financeiros da cobrança, o Congresso discute pontos centrais da reforma tributária. Especialistas apontam que o atual modelo favorece a insegurança jurídica, abrindo espaço para autuações bilionárias e disputas longas com o Fisco. Para o setor privado, a simplificação tributária é vista como essencial para destravar o crescimento e atrair investimentos externos.
Pressão sobre empresas e consumidores
A queda na margem operacional da Netflix ilustra como o ambiente regulatório brasileiro pode impactar diretamente multinacionais e, em última instância, os próprios consumidores — que podem arcar com custos maiores em serviços digitais.
A discussão reacende o debate sobre a urgência de uma estrutura tributária mais simples, transparente e competitiva, capaz de estimular negócios em vez de afastá-los.
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