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ONG fantasma leva R$ 74 milhões em emendas com aval de ministério de Lula

ONG fantasma leva R$ 74 milhões em emendas com aval de ministério de Lula

Ministério do Esporte aprovou ONG sem sede e sem capacidade técnica para repasses milionários. Casos como esse escancaram risco de uso político de emendas.

Por: Redação

21/07/2025 às 07:43

Fachada do Ministério do Esporte, em Brasília

Foto: Divulgação

O Ministério do Esporte, comandado pelo governo Lula (PT), determinou neste domingo (20) a suspensão dos repasses à Associação Moriá, organização que recebeu R$ 74,5 milhões em emendas parlamentares para um projeto gamer. A decisão ocorre após a revelação de graves irregularidades, como uso de dados falsos, diretores sem qualificação e até um endereço vazio. A informação é da coluna Grande Angular do site Metrópoles.

A entidade prometia criar 29 salas gamers para ensinar jovens a jogar títulos como Free Fire e League of Legends. Segundo dados oficiais, o projeto deveria atender impressionantes 3,5 milhões de jovens em Anápolis (GO) — município com apenas 398 mil habitantes de todas as idades.

A ONG foi impulsionada com R$ 46 milhões em emendas de parlamentares do DF. Parte do montante foi intermediada pelo Ministério do Esporte, responsável por assinar o termo de fomento. O documento foi validado mesmo com inconsistências visíveis, como a autodeclaração de capacidade técnica assinada pelo próprio presidente da entidade, Gustavo Fonseca de Deus — ex-cabo do Exército.

A diretoria da associação inclui um motorista como diretor financeiro e uma esteticista como diretora operacional. Nenhuma experiência comprovada em gestão pública ou educação.

 

Dinheiro público sem filtro
O caso revela um padrão de liberação de recursos com mínima fiscalização prévia, em que a palavra da ONG parece ter bastado para garantir milhões. Parlamentares como Fred Linhares (Republicanos), Izalci Lucas (PL) e Bia Kicis (PL) direcionaram verbas para o projeto. Apesar da bandeira ideológica, os nomes cruzam partidos da base e da oposição — o que escancara um problema sistêmico, mas mal disfarçado pela gestão petista.

Em nota, o ministério tenta se eximir: “A responsabilidade pelas informações é da entidade”, disse. No entanto, o documento de fomento foi assinado em 30 de dezembro de 2024 — praticamente na virada do ano, longe dos olhos da imprensa e sob um governo que prometia “rigor e transparência”.

 

Ministério do Esporte e STF acionados
Diante do escândalo, o ministro do STF Flávio Dino (ex-ministro de Lula) exigiu explicações da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Congresso. Mas a cobrança soa política: Dino participou do governo que liberou os recursos.

A Associação Moriá já recebeu R$ 8 milhões dos cofres públicos e planejava movimentar quase cinco vezes mais, mesmo sem sequer possuir uma sede em funcionamento. A Secretaria de Educação do DF, que aparecia como parceira do projeto, nega qualquer vínculo formal.

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