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Papa Leão XIV cobra Netanyahu após ataque a igreja católica em Gaza: “Catástrofe humana e moral”
Papa Leão XIV cobra Netanyahu após ataque a igreja católica em Gaza: “Catástrofe humana e moral”
Pontífice ligou ao premiê israelense e pediu cessar-fogo urgente após bombardeio atingir templo cristão e matar civis na Faixa de Gaza
Por: Redação
20/07/2025 às 11:13

Foto: Nir Elias/Pool
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu nesta sexta-feira (18.jul.2025) uma ligação do papa Leão XIV, um dia após um bombardeio israelense atingir a única igreja católica em funcionamento na Faixa de Gaza, matando ao menos três pessoas e deixando vários feridos. A informação foi divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
O telefonema partiu da residência de verão do pontífice, em Castel Gandolfo, e teve como foco a crise humanitária em Gaza e a crescente preocupação do Vaticano com a escalada de ataques a civis e locais religiosos. Segundo o papa, o mundo vive uma “catástrofe humana e moral em curso”, e instou por um cessar-fogo imediato e a retomada das negociações de paz no Oriente Médio.
“Todos os lugares de culto devem ser respeitados e protegidos, independente da fé que representem”, disse o pontífice.
A igreja atacada era um dos últimos espaços de culto cristão operando em Gaza, região devastada por meses de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O incidente reacendeu o debate sobre a proporcionalidade das ações militares de Israel e os limites da guerra urbana em territórios densamente povoados e vulneráveis.
Conflito já matou mais de 38 mil
A ofensiva israelense contra Gaza teve início após o ataque brutal do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou mais de 1.200 mortos em Israel e resultou no sequestro de centenas de civis. Desde então, Israel vem conduzindo uma campanha militar de larga escala contra o grupo jihadista, alegando o objetivo de desmantelar a infraestrutura terrorista e resgatar reféns.
Segundo dados do Ministério da Saúde controlado pelo Hamas, mais de 38 mil palestinos já morreram desde o início da guerra, embora esses números não possam ser verificados de forma independente. O governo israelense afirma que o Hamas utiliza civis como escudos humanos e opera deliberadamente a partir de hospitais, escolas e templos religiosos — o que dificulta ações militares sem efeitos colaterais.
Apesar de Netanyahu manter o apoio de parte significativa do eleitorado israelense e da direita internacional, a pressão diplomática vem crescendo, inclusive entre aliados históricos como o Vaticano e países europeus, que alertam para os riscos humanitários e morais da operação.
Vaticano cobra papel ativo da comunidade internacional
Durante o diálogo, o papa Leão XIV reiterou que a comunidade internacional não pode se omitir diante do que chamou de “tragédia prolongada”, e pediu que líderes ocidentais pressionem por uma solução diplomática antes que o cenário se agrave ainda mais.
Embora o governo israelense não tenha emitido nota oficial sobre a conversa, fontes diplomáticas indicam que o premiê reafirmou sua intenção de prosseguir com a ofensiva até que o Hamas seja neutralizado.
A fala do papa — respeitada globalmente até mesmo por lideranças seculares — aumenta o constrangimento internacional para Netanyahu, que agora enfrenta não só pressão interna de famílias dos reféns, mas também alertas diretos de líderes religiosos de peso.
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