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PF recusou participação na megaoperação do Rio por considerá-la “não razoável”, diz Andrei Rodrigues

PF recusou participação na megaoperação do Rio por considerá-la “não razoável”, diz Andrei Rodrigues

Polícia Federal foi consultada pela PM fluminense, mas decidiu não integrar ação que resultou em mais de 130 mortos; Lewandowski confirma ausência de comunicação formal com o governo federal

Por: Redação

29/10/2025 às 18:45

Imagem de PF recusou participação na megaoperação do Rio por considerá-la “não razoável”, diz Andrei Rodrigues

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, afirmou nesta quarta-feira (29) que a corporação decidiu não participar da megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, por entender que a ação “não era razoável”. A operação, deflagrada pelo governo estadual na terça-feira (28), resultou em mais de 130 mortes, sendo considerada a mais letal da história fluminense.

“Essa é uma operação do estado do Rio de Janeiro, e nós não fomos comunicados que seria deflagrada nesse momento. Houve um contato anterior da inteligência da PM com a nossa unidade do Rio, para ver se haveria possibilidade de atuarmos. A partir da análise do planejamento operacional, entendemos que não era uma operação razoável para participar”, afirmou Rodrigues.

O diretor explicou que houve apenas um contato informal entre a inteligência da Polícia Militar e a Superintendência da PF no Rio, mas sem comunicação oficial com o Ministério da Justiça.

O ministro Ricardo Lewandowski confirmou que não houve qualquer solicitação formal de cooperação por parte do governo fluminense, embora a PF tenha sido informada sobre alguns detalhes prévios.

“Houve um contato em nível operacional, informando que haveria uma grande operação e questionando se a PF teria alguma possibilidade de atuação. A partir dessa análise, concluímos que não era o modo como a PF atua”, completou Rodrigues.

De acordo com o diretor-geral, a PF avaliou que não tinha atribuição legal para participar da operação, que envolvia mandados estaduais.

“Naquela operação, que é do estado, havia mais de 100 mandados expedidos pela Justiça fluminense, e nós não teríamos nenhuma atribuição legal para participar; portanto, não fazia sentido nossa presença”, concluiu.

A declaração reforça o distanciamento entre o governo federal e o Palácio Guanabara na condução da segurança pública no Rio. Enquanto o governador Cláudio Castro (PL) defende as ações como “necessárias no combate ao narcotráfico”, o governo Lula tem adotado uma postura mais crítica, enfatizando a necessidade de controle e supervisão federal sobre as operações estaduais.

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