PGR defende investigação sobre registros de viagem de Filipe Martins aos EUA

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se a favor da abertura de uma investigação independente para apurar possíveis inconsistências nos registros de entrada do ex-assessor presidencial Filipe Martins nos Estados Unidos no fim de 2022. A posição foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) após solicitação da Polícia Federal.

Segundo documentos oficiais, Martins não teria pisado em solo norte-americano naquele período. Contudo, seu nome aparece na lista de passageiros da aeronave presidencial e também em registros do sistema de imigração dos EUA, o que gerou questionamentos sobre a veracidade das informações e eventuais falhas no controle migratório.

Filipe Martins, que atuou como assessor especial de Relações Internacionais no governo de Jair Bolsonaro, é um dos investigados no chamado “núcleo dois” da denúncia relacionada à suposta tentativa de golpe atribuída a aliados do ex-presidente. A investigação deve apurar se houve equívoco, fraude ou erro técnico nos registros internacionais.

A defesa de Martins afirma que ele não viajou ao país na data citada e que a investigação é necessária para esclarecer os fatos com transparência e segurança jurídica. O caso ocorre em meio a um cenário de forte disputa política, no qual aliados de Bolsonaro denunciam excessos e inconsistências em investigações conduzidas pelas autoridades federais.