Rio confirma 119 mortos na operação mais letal da história do Estado
Ação conjunta da Polícia Civil e Militar deixa 113 presos e é classificada pelo governo como um “sucesso”; Defensoria aponta 132 vítimas e cobra investigação independente
Por: Redação
29/10/2025 às 14:25

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta quarta-feira (29) que a operação policial nos complexos da Penha e do Alemão, deflagrada na terça-feira (28), resultou em 119 mortos e 113 pessoas presas, segundo balanço oficial divulgado pela Polícia Civil.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que o número ainda pode mudar, já que moradores levaram dezenas de corpos da mata para a praça São Lucas, na Penha, ao longo da madrugada e da manhã de terça-feira.
“É importante ressaltar mais uma vez que as únicas vítimas dessa operação foram os quatro policiais mortos. Todos os demais eram narcoterroristas”, disse Curi, em entrevista coletiva.
A Defensoria Pública do Estado contesta os dados e afirma que o total de mortos chega a 132 pessoas, contabilizando vítimas ainda não identificadas. A diferença, segundo o órgão, ocorre porque o governo estadual considera apenas os corpos já levados ao IML.
O governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como “um sucesso” e disse que não acredita na versão de que havia inocentes entre os mortos.
“Não acredito que havia alguém passeando em área de mata em um dia de operação”, afirmou, reforçando que todos os alvos seriam integrantes do Comando Vermelho (CV).
A Operação Contenção, que envolveu cerca de 1.000 agentes, apreendeu 118 armas — entre elas 91 fuzis —, 14 artefatos explosivos e grandes quantidades de munições e drogas.
O objetivo, segundo o governo, era desarticular a cúpula do CV, que atua nas 26 comunidades que compõem os dois complexos.
Apesar do apoio de parte da população, organizações de direitos humanos e setores da esquerda criticaram a letalidade da operação e pediram intervenção federal. Já o governo do Estado argumenta que a ação foi necessária diante do avanço do narcotráfico e das execuções de policiais nas últimas semanas.
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