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Secretário do Rio afirma que todos os mortos em megaoperação eram do CV: “Inocentes foram os policiais”
Secretário do Rio afirma que todos os mortos em megaoperação eram do CV: “Inocentes foram os policiais”
Victor dos Santos e Felipe Curi defendem ação que deixou 119 mortos e classificam cenário no estado como “guerra”; Polícia investiga retirada de armas e roupas de corpos na Penha
Por: Redação
29/10/2025 às 19:59

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor dos Santos, declarou nesta quarta-feira (29) que todos os suspeitos mortos durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha eram integrantes do Comando Vermelho (CV). Segundo ele, os únicos inocentes que perderam a vida foram os quatro policiais mortos em confronto.
“Quando se faz essa filtragem, diminui a chance de haver algum inocente na área de mata. Até por conta do horário — 5h30, 6h30 — dificilmente um trabalhador estará numa mata fechada, a não ser que esteja a serviço da organização criminosa”, afirmou Santos durante coletiva de imprensa.
A operação, deflagrada na madrugada de terça-feira (28), é considerada a mais letal da história do estado, com 119 mortos e mais de 80 presos, segundo balanço oficial. O objetivo, conforme as autoridades, foi impedir a expansão territorial da facção criminosa e neutralizar pontos de fuga utilizados por traficantes entre as comunidades da Penha e do Alemão.
De acordo com a Polícia Civil e a Polícia Militar, a maior parte dos corpos recolhidos pelos moradores usava roupas camufladas e portava armamento pesado, o que reforçaria o vínculo com o Comando Vermelho.
O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, endossou o discurso do governo estadual e classificou a operação como “bem-sucedida” após mais de um ano de planejamento.
“O que encontramos hoje não é mais uma questão de segurança pública. É guerra”, afirmou Curi.
Ele também rebateu críticas de que entre os mortos haveria civis não envolvidos com o crime.
“Mesmo que algum dos mortos não possuísse antecedentes, isso não o tornaria inocente no contexto da operação. A história do Rio já mostrou que criminosos com vida inteira no crime podem não ter ficha criminal.”
A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar denúncias de fraude processual, após relatos de que moradores teriam retirado roupas de guerra e armas dos corpos antes da chegada da perícia. A corporação afirma que as imagens da operação estão sendo analisadas para identificar os responsáveis.
Enquanto a contagem oficial de mortos ainda é atualizada, moradores relatam que mais de 70 corpos foram retirados da mata da Serra da Misericórdia desde a madrugada. A Polícia afirma que o número definitivo será divulgado apenas após a conclusão dos levantamentos.
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