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Vereadora do PSOL provoca polêmica ao classificar traficantes como “trabalhadores megaexplorados”
Vereadora do PSOL provoca polêmica ao classificar traficantes como “trabalhadores megaexplorados”
Por: Redação
02/11/2025 às 21:46

Foto: Elson Sempé Pedroso
Na Câmara Municipal de Porto Alegre, a vereadora Karen Santos (PSOL) gerou forte repercussão ao defender, durante discurso, que pessoas envolvidas no tráfico de drogas sejam tratadas como “trabalhadores megaexplorados”. Ela comparou o comércio de entorpecentes às cadeias produtivas de mercadorias legalizadas como café, açúcar e cigarro — argumentando que a proibição das drogas favorece grandes esquemas de lucro e lavagem de dinheiro.
A parlamentar questionou a eficácia da megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho, chamando a ação de “chacina” e criticando o que enxergou como um perfil de guerra que atinge, especialmente, jovens negros e moradores de periferias. “Se não usarmos mecanismos estratégicos e inteligentes, vamos seguir acumulando números de pessoas que são assassinadas em uma guerra que não faz sentido algum”, afirmou.
A declaração provocou reação imediata de parlamentares de outros partidos e de setores da sociedade que a acusam de redefinir criminosos como vítimas. Já a vereadora defendeu que seu enfoque é social: a chamada “cadeia produtiva” do tráfico inclui plantadores, transportadores e vendedores, milhares de pessoas inseridas em um mercado ilegal sem direitos trabalhistas ou previdenciários.
Especialistas em segurança pública apontam que a fala evidencia uma visão controversa do problema criminológico brasileiro, ao misturar exploração econômica, crime organizado e política pública. Para eles, reduzir o tráfico a uma questão laboral pode distorcer a gravidade dos atos praticados e gerar conflitos de concepção sobre qual deve ser a resposta estatal.
Com a repercussão nacional do episódio, a vereadora Karen Santos deu início a um debate inflamado sobre moralidade, criminalidade e desigualdade — em que suas falas são tanto defendidas por militantes de direitos humanos quanto criticadas por defensores da ordem pública.
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