Esquerda elogia operação contra o Comando Vermelho na Bahia, mas dados revelam contradições

Após a Operação Freedom, deflagrada nesta terça-feira (4) pela Polícia Civil da Bahia e do Ceará, políticos e personalidades de esquerda elogiaram a ação das forças de segurança, destacando o fato de que não houve mortes registradas oficialmente.

O deputado Rogério Correia (PT-MG), o senador Orlando Silva (PCdoB-SP) e o jornalista Willian De Lucca foram alguns dos que exaltaram o uso da inteligência policial. Orlando chegou a afirmar que a operação baiana mostrou o “contraste quando se usa inteligência: prende-se os graúdos e não se aterroriza as comunidades”.

Já a deputada Dandara Tonantzin (PT-MG) celebrou o modelo adotado:

“Isso é segurança pública focada na raiz e desarticulação do crime, como tem que ser. Um trabalho inteligente, que busca de fato proteger a população.”

O deputado Kiko Celeguim (PT-SP) também fez comparações indiretas com a megaoperação no Rio de Janeiro, criticando a política de confronto:

“Segurança pública se faz com inteligência, não com carnificina.”

Contradições nos dados

Apesar do discurso elogioso, as manifestações da esquerda contrastam com a realidade da segurança pública baiana. A Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, tinha o dobro de mandados (180) em relação à Freedom (90). Além disso, a Polícia Civil fluminense identificou que 95% dos mortos na operação carioca tinham ligação direta com o Comando Vermelho.

Outro dado que expõe o paradoxo: a Polícia Militar da Bahia é a segunda mais letal do Brasil, atrás apenas da do Amapá. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, a PM baiana mata o dobro de pessoas em operações do que a de São Paulo — estado com três vezes mais habitantes.

Enquanto petistas exaltam o sucesso da operação “sem disparos”, as estatísticas oficiais desmentem a narrativa de uma Bahia pacífica, revelando um histórico de letalidade policial crescente sob o governo de Jerônimo Rodrigues (PT).