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Uma investiga&ccedil;&atilde;o da Pol&iacute;cia Civil do Piau&iacute; revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) movimentou cerca de R$ 5 bilh&otilde;es por meio de 49 postos de combust&iacute;veis espalhados por tr&ecirc;s estados das regi&otilde;es Norte e Nordeste.
A descoberta foi divulgada nesta quarta-feira (5), durante uma opera&ccedil;&atilde;o que interditou 31 estabelecimentos no Piau&iacute; &mdash; 16 deles em Teresina, al&eacute;m de outros em Parna&iacute;ba, Picos, Altos, Lagoa do Piau&iacute;, Miguel Le&atilde;o, Oeiras e Uru&ccedil;u&iacute;.
Segundo a investiga&ccedil;&atilde;o, os criminosos lavavam dinheiro do tr&aacute;fico e de outras atividades il&iacute;citas utilizando empresas de fachada, fundos de investimento falsos e fintechs criadas apenas para movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras disfar&ccedil;adas.
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Rede de lavagem complexa
As apura&ccedil;&otilde;es indicam que a quadrilha criou estruturas empresariais legais para misturar o lucro il&iacute;cito com transa&ccedil;&otilde;es de combust&iacute;veis, aparentando legitimidade. Os valores eram ent&atilde;o transferidos para contas controladas por &ldquo;laranjas&rdquo; e posteriormente enviados a empresas em S&atilde;o Paulo, onde o dinheiro era reinserido no sistema financeiro.
A opera&ccedil;&atilde;o contou com apoio da Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica do Piau&iacute;, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico Estadual e da Receita Federal, que identificaram movimenta&ccedil;&otilde;es incompat&iacute;veis com o faturamento declarado pelos postos.
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Combate ao crime organizado
As autoridades destacam que o esquema demonstra o poder econ&ocirc;mico e a expans&atilde;o nacional do PCC, que hoje atua fortemente fora de S&atilde;o Paulo e mant&eacute;m conex&otilde;es com o Comando Vermelho em rotas de tr&aacute;fico interestaduais e internacionais.
&ldquo;&Eacute; mais um exemplo da penetra&ccedil;&atilde;o do crime organizado nas estruturas legais do pa&iacute;s. Esses criminosos aprenderam a usar a economia formal como fachada para o tr&aacute;fico&rdquo;, disse um investigador envolvido no caso.
O caso segue sob investiga&ccedil;&atilde;o e pode gerar novas pris&otilde;es e bloqueios de bens nas pr&oacute;ximas semanas.

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A Procuradoria da Rep&uacute;blica no Distrito Federal (PRDF) abriu uma investiga&ccedil;&atilde;o preliminar para apurar uma suposta pr&aacute;tica de &ldquo;rachadinha&rdquo; no gabinete do presidente da C&acirc;mara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
A apura&ccedil;&atilde;o teve in&iacute;cio a partir de uma representa&ccedil;&atilde;o feita por Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato e ex-deputado federal, que encaminhou ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico Federal (MPF) uma reportagem que revelou ind&iacute;cios de movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras irregulares no gabinete do parlamentar.
Segundo documentos obtidos pelo Metr&oacute;poles, a chefe de gabinete de Motta, Ivanadja Velloso Meira Lima, possu&iacute;a procura&ccedil;&otilde;es com poderes &ldquo;amplos e ilimitados&rdquo; para movimentar contas banc&aacute;rias e sal&aacute;rios de ao menos 10 assessores.
Em oito desses casos, as procura&ccedil;&otilde;es permitiam explicitamente &ldquo;receber sal&aacute;rios&rdquo; em nome dos servidores, dois dos quais ainda trabalham no gabinete.
O valor total das remunera&ccedil;&otilde;es dos funcion&aacute;rios envolvidos soma mais de R$ 4,1 milh&otilde;es no per&iacute;odo em que estiveram lotados no gabinete do deputado.
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Divis&atilde;o da apura&ccedil;&atilde;o
De acordo com o MPF, a parte criminal do caso foi encaminhada &agrave; Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR), por se tratar de autoridade com foro privilegiado. J&aacute; a PRDF ficar&aacute; respons&aacute;vel pela investiga&ccedil;&atilde;o de improbidade administrativa &mdash; que, caso avance, poder&aacute; resultar na abertura de um inqu&eacute;rito civil p&uacute;blico.
O caso corre sob sigilo e ainda est&aacute; na fase de coleta de informa&ccedil;&otilde;es e an&aacute;lise documental.
At&eacute; o momento, Hugo Motta e sua assessoria n&atilde;o se pronunciaram sobre o caso.

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A advogada Fl&aacute;via Fr&oacute;es, presidente do Instituto Anjos da Liberdade e conhecida por defender l&iacute;deres do Comando Vermelho (CV), foi recebida nesta ter&ccedil;a-feira (4) na Comiss&atilde;o de Direitos Humanos (CDH) da C&acirc;mara dos Deputados, presidida pelo petista Reimont (PT-RJ).
Fr&oacute;es, que atuou como advogada de M&aacute;rcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e ainda representa Rog&eacute;rio Avelino da Silva, o Rog&eacute;rio 157, apresentou &agrave; comiss&atilde;o um projeto de lei que tipifica o crime de chacina e um dossi&ecirc; sobre supostas pr&aacute;ticas de tortura durante a megaopera&ccedil;&atilde;o policial nos complexos da Penha e do Alem&atilde;o, no Rio de Janeiro &mdash; a&ccedil;&atilde;o que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.
&ldquo;A chacina n&atilde;o &eacute; uma a&ccedil;&atilde;o policial leg&iacute;tima, &eacute; uma pol&iacute;tica de exterm&iacute;nio&rdquo;, escreveu Fr&oacute;es em suas redes sociais, ao publicar fotos do encontro com parlamentares da base governista.
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Presen&ccedil;a em comiss&otilde;es do Congresso
Al&eacute;m da CDH, a advogada afirmou ter participado de reuni&otilde;es em outras comiss&otilde;es, entre elas a de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, onde teria discutido &ldquo;viol&ecirc;ncia institucional e responsabilidade do Estado&rdquo;.
O gesto provocou forte rea&ccedil;&atilde;o de parlamentares da oposi&ccedil;&atilde;o, que veem um s&iacute;mbolo de invers&atilde;o de valores ao receber uma defensora de chefes do tr&aacute;fico em um espa&ccedil;o oficial do Parlamento.
&ldquo;Enquanto policiais morrem defendendo a popula&ccedil;&atilde;o, o Congresso abre as portas para quem representa os assassinos&rdquo;, criticou um deputado do PL.
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Liga&ccedil;&atilde;o com o trapper Oruam e novos clientes
Com mais de 20 anos de atua&ccedil;&atilde;o, Fl&aacute;via Fr&oacute;es tamb&eacute;m defende Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, amigo do trapper Oruam, filho de Marcinho VP. Ambos respondem a processo por tentativa de homic&iacute;dio qualificada contra policiais civis. Willyam teve pris&atilde;o preventiva decretada em julho deste ano.
A advogada ganhou notoriedade nacional por sua defesa de presos ligados ao tr&aacute;fico, mas tamb&eacute;m por seu ativismo jur&iacute;dico internacional. O Instituto Anjos da Liberdade j&aacute; apresentou representa&ccedil;&otilde;es &agrave; Corte Interamericana de Direitos Humanos pedindo medidas cautelares contra a atua&ccedil;&atilde;o das pol&iacute;cias no Rio.
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Cr&iacute;ticas &agrave; coniv&ecirc;ncia do Congresso
Para analistas pol&iacute;ticos, o encontro evidencia a aproxima&ccedil;&atilde;o ideol&oacute;gica entre setores da esquerda e entidades que relativizam o combate ao crime organizado.
&ldquo;O governo petista e sua base parlamentar parecem mais preocupados com os direitos dos criminosos do que com a seguran&ccedil;a do cidad&atilde;o de bem&rdquo;, observou um comentarista pol&iacute;tico.

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O presidente Javier Milei deu mais um passo em sua pol&iacute;tica de liberaliza&ccedil;&atilde;o do porte de armas ao autorizar civis argentinos a comprarem e possu&iacute;rem fuzis semiautom&aacute;ticos, algo proibido no pa&iacute;s h&aacute; mais de 30 anos. A medida foi oficializada nesta ter&ccedil;a-feira (4), por meio de uma resolu&ccedil;&atilde;o publicada no Di&aacute;rio Oficial da Argentina.
A nova norma substitui o decreto da d&eacute;cada de 1990, editado durante o governo de Carlos Menem (1989&ndash;1999), que impedia cidad&atilde;os comuns de adquirirem armas de uso restrito, como fuzis, carabinas e submetralhadoras derivadas de modelos militares.
&ldquo;O livre cidad&atilde;o deve ter o direito de se defender. Um governo que confia em seu povo n&atilde;o teme cidad&atilde;os armados&rdquo;, declarou Milei em uma de suas falas recentes, reafirmando a filosofia de liberdade individual e autodefesa que marcou sua campanha presidencial.
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Novas regras e requisitos
De acordo com a resolu&ccedil;&atilde;o, usu&aacute;rios civis e entidades de tiro esportivo poder&atilde;o adquirir e manter armas de uso restrito, desde que apresentem documenta&ccedil;&atilde;o detalhada sobre o modelo, comprovem instala&ccedil;&otilde;es seguras de armazenamento (Setor de Guarda tipo G2) e assinem uma declara&ccedil;&atilde;o juramentada explicando a finalidade da aquisi&ccedil;&atilde;o.
Os pedidos ser&atilde;o avaliados pelo Registro Nacional de Armas (RENAR), respons&aacute;vel por conceder as autoriza&ccedil;&otilde;es e fiscalizar o cumprimento das normas.
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Redu&ccedil;&atilde;o da idade m&iacute;nima e incentivo &agrave; autodefesa
A decis&atilde;o se soma a outras medidas pr&oacute;-armas adotadas pelo governo libert&aacute;rio. Em dezembro de 2024, Milei j&aacute; havia reduzido de 21 para 18 anos a idade m&iacute;nima para obter a carteira de leg&iacute;timo usu&aacute;rio de armas, documento essencial para solicitar a posse.
Segundo dados oficiais, mais de 185 mil argentinos possuem registro ativo de leg&iacute;timo usu&aacute;rio &mdash; n&uacute;mero que deve crescer com a flexibiliza&ccedil;&atilde;o recente.
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Contexto pol&iacute;tico e ideol&oacute;gico
A libera&ccedil;&atilde;o de fuzis para civis reflete a influ&ecirc;ncia do modelo norte-americano sobre a pol&iacute;tica de seguran&ccedil;a de Milei, que defende o direito &agrave; autodefesa e &agrave; propriedade privada como pilares de uma sociedade livre. A medida, no entanto, tem sido criticada por setores progressistas, que a consideram um risco ao aumento da viol&ecirc;ncia urbana.
&ldquo;Milei cumpre o que prometeu: menos Estado e mais liberdade individual. O cidad&atilde;o de bem agora pode se proteger, sem depender de governos ineficientes&rdquo;, afirmou um comentarista pol&iacute;tico ligado &agrave; ala liberal argentina.

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A cabeleireira D&eacute;bora Rodrigues, conhecida como &ldquo;D&eacute;bora do Batom&rdquo;, precisou ser atendida em um hospital municipal de Paul&iacute;nia (SP) ap&oacute;s passar mal na noite de segunda-feira (3/11), enquanto cumpria pris&atilde;o domiciliar determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) .
Condenada a 14 anos de pris&atilde;o pelos atos de 8 de Janeiro, D&eacute;bora foi diagnosticada com infec&ccedil;&atilde;o urin&aacute;ria e permaneceu sob observa&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica durante a madrugada. O epis&oacute;dio, no entanto, foi comunicado ao STF por meio de relat&oacute;rio de monitoramento eletr&ocirc;nico, que apontou viola&ccedil;&atilde;o da &aacute;rea de inclus&atilde;o domiciliar entre 20h38 de segunda-feira e 3h07 da manh&atilde; de ter&ccedil;a .
&ldquo;Em an&aacute;lise ao referido monitoramento, foi poss&iacute;vel constatar que no dia 03/11/2025, &agrave;s 20h38, o(a) monitorado(a) em quest&atilde;o incorreu na viola&ccedil;&atilde;o: &aacute;rea de inclus&atilde;o (domiciliar), a qual permaneceu at&eacute; 04/11/2025, &agrave;s 03h07&rdquo;, diz o documento encaminhado a Moraes.
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Emerg&ecirc;ncia m&eacute;dica e retorno monitorado
De acordo com o N&uacute;cleo de Monitoramento de Pessoas (NMP) da Secretaria de Administra&ccedil;&atilde;o Penitenci&aacute;ria de S&atilde;o Paulo, os agentes entraram em contato com o marido de D&eacute;bora, que explicou que ela havia sido levada ao hospital ap&oacute;s sentir fortes dores e apresentar febre.
&ldquo;D&eacute;bora passou mal e encontrava-se em atendimento no Hospital Municipal de Paul&iacute;nia&rdquo;, relatou o n&uacute;cleo ao STF .
Segundo o relat&oacute;rio, a cabeleireira chegou ao hospital por volta das 20h50 e deixou o local &agrave;s 2h22, passando ainda cerca de 20 minutos em uma farm&aacute;cia antes de retornar &agrave; resid&ecirc;ncia &agrave;s 3h07.
Os exames realizados &mdash; urina, sangue e raio-X &mdash; confirmaram a infec&ccedil;&atilde;o urin&aacute;ria. Apesar da justificativa m&eacute;dica, o ministro Moraes ainda n&atilde;o se manifestou sobre o caso. Caso entenda que houve descumprimento injustificado da medida, D&eacute;bora poder&aacute; ser transferida para um pres&iacute;dio paulista para cumprir o restante da pena.

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Apesar de ter indicado sete dos nove integrantes do Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria (Copom), o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) ainda n&atilde;o conseguiu que nenhum deles votasse a favor de reduzir a taxa Selic, mantida em 15% ao ano &mdash; o maior patamar da d&eacute;cada.
Desde janeiro de 2025, quando passou a ter maioria no colegiado do Banco Central, o governo realizou nove reuni&otilde;es do Copom, todas com decis&otilde;es un&acirc;nimes para manter ou elevar os juros.
O resultado exp&otilde;e uma contradi&ccedil;&atilde;o interna no governo, que durante a gest&atilde;o do ex-presidente Roberto Campos Neto &mdash; indicado por Jair Bolsonaro (PL) &mdash; criticava duramente os juros altos. Agora, sob o comando de Gabriel Gal&iacute;polo, indicado por Lula e ex-secret&aacute;rio de Fernando Haddad, a pol&iacute;tica monet&aacute;ria segue ainda mais conservadora.
<blockquote>
&ldquo;Tenho certeza que o Gabriel Gal&iacute;polo vai consertar a taxa de juros neste pa&iacute;s&rdquo;, afirmou Lula em dezembro de 2024 &mdash; frase que hoje virou motivo de ironia entre economistas e parlamentares da oposi&ccedil;&atilde;o.
</blockquote>
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Copom segue un&acirc;nime mesmo com dom&iacute;nio lulista
Os sete diretores nomeados pelo presidente comp&otilde;em a maior parte da autoridade monet&aacute;ria. Mesmo assim, todos acompanharam as decis&otilde;es de manter os juros elevados. Entre eles est&atilde;o Ailton Aquino, Gilneu Vivan, Izabela Corr&ecirc;a, Nilton David, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira, al&eacute;m do pr&oacute;prio Gal&iacute;polo.
Os outros dois membros do colegiado, Renato Dias de Brito Gomes e Diogo Abry Guillen, foram indicados por Bolsonaro e deixar&atilde;o o BC em dezembro de 2025.
Economistas veem no epis&oacute;dio uma derrota pol&iacute;tica para o governo Lula, que, mesmo controlando o BC, n&atilde;o conseguiu implementar uma pol&iacute;tica de juros mais baixa, promessa usada para atacar a gest&atilde;o anterior.
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Haddad tenta se isentar, mas Gal&iacute;polo o contradiz
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o patamar atual de juros &ldquo;&eacute; insustent&aacute;vel&rdquo; e que, se fosse diretor do BC, votaria para reduzir a Selic. Entretanto, o pr&oacute;prio Gal&iacute;polo &mdash; seu ex-bra&ccedil;o direito &mdash; j&aacute; declarou que os juros devem permanecer altos por um per&iacute;odo prolongado, defendendo a manuten&ccedil;&atilde;o da taxa em 15%.
A contradi&ccedil;&atilde;o tem aumentado o desgaste interno no governo e refor&ccedil;ado a percep&ccedil;&atilde;o de que o discurso econ&ocirc;mico petista n&atilde;o se sustenta na pr&aacute;tica.
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&ldquo;O Lula criticava Campos Neto por juros altos, mas agora tem o pr&oacute;prio Banco Central e nada mudou&rdquo;, ironizou um parlamentar liberal.
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O deputado federal S&oacute;stenes Cavalcanti (PL-RJ) levou uma pedra ao plen&aacute;rio da C&acirc;mara dos Deputados, nesta quarta-feira (5), em um ato simb&oacute;lico contra as cr&iacute;ticas da esquerda &agrave; megaopera&ccedil;&atilde;o policial realizada nos complexos da Penha e do Alem&atilde;o, no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais.
O parlamentar ironizou uma fala da soci&oacute;loga Jacqueline Muniz, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), que havia afirmado, de forma te&oacute;rica, que criminosos armados &ldquo;podem ser rendidos at&eacute; com uma pedra na cabe&ccedil;a&rdquo;. O v&iacute;deo viralizou nas redes sociais e gerou indigna&ccedil;&atilde;o entre apoiadores das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a.
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&ldquo;Eu trouxe a nova arma que ela sugeriu para os agentes de seguran&ccedil;a. A arma da esquerda agora &eacute; uma pedra! &Eacute; muita cara de pau achar que voc&ecirc; vai enfrentar bandido com fuzil usando isso&rdquo;, disse S&oacute;stenes, exibindo o objeto durante seu discurso.
</blockquote>
O deputado tamb&eacute;m criticou a postura do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), que chamou a a&ccedil;&atilde;o de &ldquo;matan&ccedil;a&rdquo; e &ldquo;desastrosa&rdquo;. Segundo S&oacute;stenes, o presidente &ldquo;desrespeita quem arrisca a vida para proteger o cidad&atilde;o de bem&rdquo;.
<blockquote>
&ldquo;Enquanto o governo tenta passar pano para criminosos, os nossos policiais est&atilde;o morrendo em combate. O Brasil precisa escolher de que lado est&aacute;: dos que defendem a lei, ou dos que relativizam o crime&rdquo;, completou.
</blockquote>
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Apoio &agrave; pol&iacute;cia e rea&ccedil;&atilde;o &agrave; CPI do Crime Organizado
A oposi&ccedil;&atilde;o vem reafirmando apoio irrestrito &agrave;s for&ccedil;as de seguran&ccedil;a e critica a CPI do Crime Organizado, presidida pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES), que pretende convocar o governador Cl&aacute;udio Castro (PL) para depor. Parlamentares da base conservadora alegam que a comiss&atilde;o busca politizar o combate ao tr&aacute;fico e criminalizar a&ccedil;&otilde;es leg&iacute;timas da pol&iacute;cia.
<blockquote>
&ldquo;A esquerda prefere proteger o bandido e atacar a pol&iacute;cia. Mas o povo brasileiro sabe quem est&aacute; do lado certo&rdquo;, afirmou outro deputado da bancada do PL.
</blockquote>

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O governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) enviou &agrave; Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) o 20&ordm; pedido de empr&eacute;stimo desde o in&iacute;cio do seu mandato. A nova solicita&ccedil;&atilde;o, no valor de R$ 2 bilh&otilde;es, eleva o montante total de endividamento da gest&atilde;o petista para R$ 25 bilh&otilde;es, ultrapassando os tr&ecirc;s &uacute;ltimos governadores do estado.
O Projeto de Lei n&ordm; 26.015/2025 pede autoriza&ccedil;&atilde;o para contratar o cr&eacute;dito junto ao Banco do Brasil, com garantia da Uni&atilde;o, para financiar obras de mobilidade urbana, infraestrutura h&iacute;drica e vi&aacute;ria, al&eacute;m de edifica&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas.
De acordo com o texto, os recursos ser&atilde;o consignados como receita no or&ccedil;amento estadual, mas a Secretaria da Fazenda da Bahia (Sefaz) ainda n&atilde;o apresentou esclarecimentos sobre o impacto fiscal da nova opera&ccedil;&atilde;o.
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Endividamento recorde e rea&ccedil;&atilde;o da oposi&ccedil;&atilde;o
Com menos de tr&ecirc;s anos de mandato, Jer&ocirc;nimo Rodrigues j&aacute; supera todos os antecessores em volume de empr&eacute;stimos e enfrenta forte resist&ecirc;ncia da oposi&ccedil;&atilde;o na Alba.
O deputado Tiago Correia (PSDB) criticou o governo por &ldquo;aumentar o endividamento sem entregar resultados&rdquo;:
<blockquote>
&ldquo;A sensa&ccedil;&atilde;o &eacute; que esses recursos s&atilde;o jogados fora, e a Bahia perde a chance de ter investimentos que realmente mudem a vida do cidad&atilde;o.&rdquo;
</blockquote>
J&aacute; o vice-l&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o, Alan Sanches (Uni&atilde;o Brasil), destacou que o governador faz &ldquo;um pedido de empr&eacute;stimo a cada 45 dias&rdquo;, mas o estado continua entre os piores em seguran&ccedil;a, sa&uacute;de e educa&ccedil;&atilde;o.
<blockquote>
&ldquo;A viol&ecirc;ncia cresce, a fila da regula&ccedil;&atilde;o n&atilde;o anda e a Bahia segue nas &uacute;ltimas posi&ccedil;&otilde;es do pa&iacute;s. At&eacute; agora, n&atilde;o vimos efeito pr&aacute;tico de tanto dinheiro emprestado&rdquo;, criticou.
</blockquote>
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O discurso oficial e a realidade fiscal
Em resposta anterior, a Sefaz alegou que os financiamentos est&atilde;o &ldquo;respaldados pela solidez fiscal do estado&rdquo;, destacando que a Bahia possui &ldquo;um dos menores n&iacute;veis de endividamento do pa&iacute;s&rdquo;.
No entanto, economistas apontam que o ritmo acelerado de novos cr&eacute;ditos pode comprometer o equil&iacute;brio das contas p&uacute;blicas at&eacute; o fim do mandato, em 2026 &mdash; especialmente diante do baixo desempenho econ&ocirc;mico e da estagna&ccedil;&atilde;o dos indicadores sociais.

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