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O d&oacute;lar encerrou esta quinta-feira (6) com queda de 0,24%, cotado a R$ 5,348, em um dia de forte otimismo no mercado financeiro. A desvaloriza&ccedil;&atilde;o da moeda americana ocorreu ap&oacute;s o Copom (Comit&ecirc; de Pol&iacute;tica Monet&aacute;ria) sinalizar que deve manter a taxa b&aacute;sica de juros em 15% por um per&iacute;odo prolongado, citando infla&ccedil;&atilde;o resistente, atividade econ&ocirc;mica firme e incertezas fiscais.
Enquanto isso, o Ibovespa &mdash; principal &iacute;ndice da B3 &mdash; atingiu novo recorde hist&oacute;rico, marcando 153.430 pontos &agrave;s 17h11, o que representa a 12&ordf; alta consecutiva e o 9&ordm; recorde seguido do &iacute;ndice.
A queda do d&oacute;lar reflete o ambiente de confian&ccedil;a e fluxo de capital estrangeiro, impulsionado pela manuten&ccedil;&atilde;o dos juros elevados, que tornam o Brasil mais atrativo para investidores internacionais.

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Real Moeda Dinheiro Mcajr 2904223671

A economia brasileira registrou um avan&ccedil;o simb&oacute;lico de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, segundo dados divulgados pelo IBGE, revelando uma estagna&ccedil;&atilde;o que confirma o enfraquecimento do dinamismo econ&ocirc;mico do pa&iacute;s.&nbsp;
Apesar do desemprego baixo, a atividade n&atilde;o reagiu: com a taxa b&aacute;sica de juros em 15%, o cr&eacute;dito encareceu, o consumo perdeu for&ccedil;a e a confian&ccedil;a empresarial permanece fr&aacute;gil. O PIB totalizou R$ 3,2 trilh&otilde;es no per&iacute;odo &mdash; R$ 2,8 trilh&otilde;es em valor adicionado e R$ 449,3 bilh&otilde;es em impostos, conforme detalha o mesmo trecho.
&nbsp;
Setores produtivos ainda resistem &mdash; mas servi&ccedil;os estagnam
A Ind&uacute;stria cresceu 0,8%, e a Agropecu&aacute;ria, 0,4%, segundo a compara&ccedil;&atilde;o trimestral relatada na p&aacute;gina 2, demonstrando certo vigor produtivo apesar da incerteza pol&iacute;tica e fiscal. J&aacute; o setor de Servi&ccedil;os, respons&aacute;vel pela maior fatia do PIB, ficou praticamente parado, com alta de apenas 0,1%, um sinal claro de fraqueza da demanda interna.
O dado mais sens&iacute;vel para o cotidiano da popula&ccedil;&atilde;o foi a queda no ritmo do consumo das fam&iacute;lias, que cresceu s&oacute; 0,1%, mostrando impacto direto dos juros altos sobre o or&ccedil;amento dom&eacute;stico. Mesmo com o desemprego em 5,4%, o consumo perdeu for&ccedil;a e deixou de impulsionar o PIB.
Enquanto as fam&iacute;lias apertam o or&ccedil;amento, o consumo do governo avan&ccedil;ou 1,3%, ampliando a participa&ccedil;&atilde;o estatal na economia em um momento de baixa efici&ecirc;ncia e grande rigidez fiscal.
&nbsp;
Exporta&ccedil;&otilde;es avan&ccedil;am, impulsionadas pelo agro
Do lado externo, as exporta&ccedil;&otilde;es cresceram 3,3%, beneficiadas pela demanda global por commodities e pela competitividade da agroind&uacute;stria brasileira. J&aacute; as importa&ccedil;&otilde;es subiram discretos 0,3%, refletindo leve melhora no fluxo comercial.
No acumulado de janeiro a setembro, o PIB cresceu 2,4%, apoiado quase exclusivamente na Agropecu&aacute;ria, que avan&ccedil;ou impressionantes 11,6%, como apresentado na p&aacute;gina 5. A ind&uacute;stria subiu 1,7% e os servi&ccedil;os 1,8%.
O setor de informa&ccedil;&atilde;o e comunica&ccedil;&atilde;o &eacute; destaque entre os servi&ccedil;os, com alta de 6,2%.
&nbsp;
Diagn&oacute;stico: consumo travado, governo inflado e crescimento an&ecirc;mico
Os dados confirmam que a economia brasileira perde vigor estrutural:
<ul>
<li>fam&iacute;lias consumindo menos;</li>
<li>governo gastando mais;</li>
<li>juros permanecendo proibitivos;</li>
<li>servi&ccedil;os &mdash; tradicional motor da atividade &mdash; sem tra&ccedil;&atilde;o.</li>
</ul>
Uma recupera&ccedil;&atilde;o mais robusta depender&aacute; de redu&ccedil;&atilde;o sustent&aacute;vel dos juros, melhora do ambiente fiscal e pol&iacute;ticas econ&ocirc;micas que deixem de sufocar investimento e iniciativa privada.

Mcmgo Abr 260220193303 1

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou ao centro da artilharia do governo Lula na esteira do esc&acirc;ndalo que levou &agrave; liquida&ccedil;&atilde;o do Banco Master, institui&ccedil;&atilde;o que acumula um rombo estimado em at&eacute; R$ 12 bilh&otilde;es. Segundo reportagem do Poder360, integrantes do Planalto e aliados no Congresso t&ecirc;m articulado um movimento para associar o nome de Campos Neto &agrave; g&ecirc;nese da crise, numa estrat&eacute;gia que mistura disputa pol&iacute;tica, narrativa econ&ocirc;mica e antecipa&ccedil;&atilde;o da corrida eleitoral de 2026.
Hoje vice-presidente do Nubank &mdash; a maior fintech do pa&iacute;s &mdash;, Campos Neto mant&eacute;m forte tr&acirc;nsito no setor financeiro e proximidade com o governador de S&atilde;o Paulo, Tarc&iacute;sio de Freitas, um dos nomes mais competitivos da direita para a sucess&atilde;o presidencial. Essa combina&ccedil;&atilde;o transformou o economista em um dos principais alvos do governo, que tenta emplacar a ideia de que fintechs operam com regras mais brandas e teriam rela&ccedil;&atilde;o com o financiamento do crime organizado &mdash; tese fortemente contestada pelo setor.
A ofensiva contra o ex-chefe do Banco Central ganhou combust&iacute;vel quando figuras governistas passaram a sugerir suposta leni&ecirc;ncia de sua gest&atilde;o com o Master. No Senado, Renan Calheiros chegou a afirmar que Campos Neto &ldquo;pagou R$ 300 mil para se livrar de responsabilidades&rdquo;, declara&ccedil;&atilde;o que desconsidera o contexto da multa: tratava-se de um acordo envolvendo opera&ccedil;&otilde;es do Santander entre 2015 e 2017, sem rela&ccedil;&atilde;o direta com o Master, como lembra o documento. Ainda assim, a acusa&ccedil;&atilde;o foi usada politicamente para refor&ccedil;ar a narrativa do Planalto.
A movimenta&ccedil;&atilde;o coincide com o avan&ccedil;o de propostas caras ao governo, como o projeto de Renan para elevar a taxa&ccedil;&atilde;o das fintechs &mdash; bandeira de Fernando Haddad em sua pol&iacute;tica de &ldquo;justi&ccedil;a tribut&aacute;ria&rdquo;, que na pr&aacute;tica significa aumento de impostos para ampliar arrecada&ccedil;&atilde;o. De acordo com o texto analisado no arquivo, o governo tenta vincular as fintechs a pr&aacute;ticas ilegais ao mesmo tempo em que pressiona por mais controle e carga tribut&aacute;ria, em linha com o esfor&ccedil;o de refor&ccedil;ar o caixa federal.
Nos bastidores, operadores do mercado, advogados e pol&iacute;ticos ouvidos pelo Poder360 se dividem: parte acredita que Campos Neto ainda precisa prestar esclarecimentos sobre sua atua&ccedil;&atilde;o; outra parte v&ecirc; a&ccedil;&otilde;es claramente politizadas, com decis&otilde;es judiciais e opera&ccedil;&otilde;es da PF atingindo setores sens&iacute;veis ao governo e figuras alinhadas &agrave; oposi&ccedil;&atilde;o.
Com o nome cada vez mais considerado como ativo eleitoral da direita, Campos Neto tornou-se alvo preferencial para setores do governo que buscam desgastar poss&iacute;veis advers&aacute;rios de 2026 &mdash; especialmente aqueles ligados a Tarc&iacute;sio de Freitas, que desponta como o principal contraponto ao projeto petista.
A crise do Master, portanto, tornou-se mais do que um esc&acirc;ndalo financeiro: virou arma pol&iacute;tica num ambiente em que a disputa pelo poder j&aacute; ultrapassou os limites da economia e avan&ccedil;a sobre o terreno institucional.

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O governo do presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva confirmou a redu&ccedil;&atilde;o da proje&ccedil;&atilde;o do sal&aacute;rio m&iacute;nimo para 2026, que deve passar de R$ 1.631 para R$ 1.627. Embora a diferen&ccedil;a de R$ 4 pare&ccedil;a pequena, o corte refor&ccedil;a o desgaste do governo diante da promessa de valoriza&ccedil;&atilde;o real do piso nacional &mdash; uma bandeira central apresentada durante a campanha e reiterada no in&iacute;cio da gest&atilde;o.
A revis&atilde;o para baixo foi justificada pela equipe econ&ocirc;mica com base em uma infla&ccedil;&atilde;o menor do que a projetada anteriormente. Por&eacute;m, especialistas apontam que o recuo tamb&eacute;m exp&otilde;e a dificuldade do governo em equilibrar as contas p&uacute;blicas sem comprometer pol&iacute;ticas sociais, especialmente em um momento de estagna&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica e press&atilde;o sobre gastos obrigat&oacute;rios.
Apesar de representar o piso para milh&otilde;es de trabalhadores formais, o sal&aacute;rio m&iacute;nimo tamb&eacute;m serve como base para aposentadorias, pens&otilde;es, BPC e outros benef&iacute;cios. Assim, a redu&ccedil;&atilde;o da proje&ccedil;&atilde;o indica n&atilde;o apenas perda de poder de compra para quem depende diretamente do valor, mas tamb&eacute;m a possibilidade de impacto sobre todo o sistema de prote&ccedil;&atilde;o social.

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O ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta segunda-feira (24) que o governo Lula ter&aacute; de&nbsp;encontrar R$ 30 bilh&otilde;es em receitas extras para cumprir a meta fiscal de 2026.&nbsp;
A meta prev&ecirc; super&aacute;vit de 0,25% do PIB, equivalente a cerca de R$ 34,3 bilh&otilde;es. A margem de toler&acirc;ncia, entretanto, permite resultado zero &mdash; cen&aacute;rio j&aacute; admitido como poss&iacute;vel pela equipe econ&ocirc;mica.
Durigan classificou a busca por receitas como um &ldquo;desafio&rdquo;, em raz&atilde;o da resist&ecirc;ncia do Congresso &agrave;s novas medidas de aumento tribut&aacute;rio. Segundo ele, caso os projetos n&atilde;o avancem, o governo ter&aacute; de buscar alternativas para n&atilde;o descumprir o arcabou&ccedil;o fiscal.
De acordo com o documento, o Planalto espera gerar recursos com dois projetos principais:
<ul data-start="1662" data-end="1879">
<li data-start="1662" data-end="1753">
R$ 10 bilh&otilde;es &mdash; aumento de impostos sobre fintechs e &ldquo;bets&rdquo;, via PL 5.473/2025;
</li>
<li data-start="1754" data-end="1879">
R$ 20 bilh&otilde;es &mdash; redu&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios fiscais, via PLP 182/2025.
</li>
</ul>
O governo tamb&eacute;m menciona a possibilidade de cortar R$ 15 bilh&otilde;es em despesas &mdash; ponto que n&atilde;o detalha e que preocupa servidores e setores dependentes de verba p&uacute;blica.
Questionado sobre se a pris&atilde;o preventiva de Jair Bolsonaro poderia travar a articula&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica no Congresso, Durigan afirmou manter &ldquo;boa rela&ccedil;&atilde;o&rdquo; com parlamentares e disse que trabalhar&aacute; para que o clima de tens&atilde;o n&atilde;o afete vota&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas.
A resposta foi vista por analistas como tentativa de minimizar o desgaste crescente entre o Planalto e a C&acirc;mara &mdash; desgaste que se agravou com as rupturas recentes envolvendo Hugo Motta, Lindbergh Farias e Davi Alcolumbre.
Participaram da entrevista os ministros interinos Gustavo Guimar&atilde;es (Planejamento) e Clayton Montes (Or&ccedil;amento Federal), al&eacute;m do secret&aacute;rio da Receita, Robinson Barreirinhas.
O governo insiste na narrativa de que o arcabou&ccedil;o fiscal trar&aacute; estabilidade, mas a dificuldade em gerar receitas exp&otilde;e fragilidade de gest&atilde;o, cr&iacute;ticas de setores produtivos e receio de que o pa&iacute;s enfrente nova rodada de aumentos tribut&aacute;rios.

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