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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (13) que n&atilde;o sabe se pretende seguir no comando da Pasta caso o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva seja reeleito em 2026. A declara&ccedil;&atilde;o foi dada em entrevista ao O Estado de S.Paulo e repercutiu imediatamente no meio pol&iacute;tico e no mercado.
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&ldquo;N&atilde;o sei se tenho pretens&atilde;o de continuar na Fazenda", diz&nbsp;Fernando Haddad
</blockquote>
Apesar da d&uacute;vida sobre seu futuro no governo, Haddad disse estar satisfeito com sua atua&ccedil;&atilde;o e afirmou ter cumprido todos os pedidos feitos por Lula.
A fala do ministro ocorre em um momento de forte desgaste pol&iacute;tico e econ&ocirc;mico do governo Lula, marcado por cr&iacute;ticas &agrave; condu&ccedil;&atilde;o fiscal, aumento de gastos e press&atilde;o por mais arrecada&ccedil;&atilde;o. Setores do mercado j&aacute; vinham demonstrando preocupa&ccedil;&atilde;o com a perman&ecirc;ncia de Haddad &mdash; visto internamente como a voz mais moderada dentro de um governo inclinado ao expansionismo fiscal.
A declara&ccedil;&atilde;o de hoje refor&ccedil;a a percep&ccedil;&atilde;o de instabilidade na equipe econ&ocirc;mica, cen&aacute;rio que analistas consideram negativo para investimentos e previsibilidade.

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Criptos

O Bitcoin iniciou 2025 sob press&atilde;o, registrando uma sequ&ecirc;ncia de quedas ap&oacute;s despencar nos meses de outubro e novembro do ano anterior. Depois de alcan&ccedil;ar o recorde nominal de US$ 126.186 em 6 de outubro, a principal criptomoeda do mercado caiu para US$ 91.632 em 17 de novembro, acumulando baixa de US$ 34,6 mil em apenas 45 dias.
Apesar do cen&aacute;rio de corre&ccedil;&atilde;o, especialistas apontam que o movimento n&atilde;o altera os fundamentos de longo prazo do ativo, especialmente diante da crescente ado&ccedil;&atilde;o institucional &mdash; e destacam que o Bitcoin iniciou o ano cotado em US$ 93.557, praticamente dentro do mesmo patamar do pre&ccedil;o atual.
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Investidores realizam lucros e reduzem exposi&ccedil;&atilde;o ao risco
A queda recente foi impulsionada por um ambiente global de maior avers&atilde;o ao risco. Reportagem da Bloomberg revelou a liquida&ccedil;&atilde;o de US$ 19 bilh&otilde;es em posi&ccedil;&otilde;es alavancadas ap&oacute;s o topo hist&oacute;rico, desencadeando vendas subsequentes e reduzindo o apetite de investidores mais alavancados.
Dados do The Wall Street Journal tamb&eacute;m mostraram que holders de longo prazo aproveitaram o pico para realizar lucros, algo comum ap&oacute;s ciclos de forte valoriza&ccedil;&atilde;o.
Nos ETFs de Bitcoin listados nos EUA, o movimento foi semelhante: sa&iacute;da de capital durante o per&iacute;odo de incertezas macroecon&ocirc;micas &mdash; influenciadas pelo impasse fiscal e pela falta de clareza sobre o ritmo de cortes de juros pelo Federal Reserve.
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Macro e tecnologia impactam o curto prazo
A desvaloriza&ccedil;&atilde;o tamb&eacute;m acompanhou o mau desempenho das a&ccedil;&otilde;es de tecnologia na Nasdaq, refor&ccedil;ando a correla&ccedil;&atilde;o atual entre Bitcoin e empresas do setor.
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&ldquo;Hoje existem companhias americanas que t&ecirc;m caixa em Bitcoin. O ativo est&aacute; dentro da narrativa de produtividade e inova&ccedil;&atilde;o&rdquo;, afirmou Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos. Para ele, a queda tem rela&ccedil;&atilde;o direta com a realiza&ccedil;&atilde;o de lucros e com a press&atilde;o sobre posi&ccedil;&otilde;es alavancadas.
</blockquote>
Para Fernando Carvalho, head de assets da OnilX, o movimento &eacute; parte do ciclo natural da criptomoeda e n&atilde;o indica fragilidade no projeto.
Ele destaca quatro fatores que dominaram o mercado nos &uacute;ltimos 45 dias:
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<li>shutdown dos EUA, reduzindo a liquidez global;</li>
<li>d&uacute;vidas sobre pol&iacute;tica monet&aacute;ria americana;</li>
<li>realoca&ccedil;&atilde;o de ETFs de Bitcoin;</li>
<li>maior realiza&ccedil;&atilde;o de lucros por investidores antigos.</li>
</ul>
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Segundo Carvalho, houve apenas uma antecipa&ccedil;&atilde;o de um ciclo negativo esperado para 2026. Para ele, a institucionaliza&ccedil;&atilde;o crescente &mdash; com pa&iacute;ses formando reservas em Bitcoin &mdash; tende a suavizar oscila&ccedil;&otilde;es futuras.
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&ldquo;O Bitcoin est&aacute; amadurecendo. O ano ruim seria 2022, e depois ter&iacute;amos 2023, 2024 e 2025 positivos. A corre&ccedil;&atilde;o veio antes, mas n&atilde;o muda a tese&rdquo;, disse.
</blockquote>

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O presidente Donald Trump assinou nesta quinta-feira (14) uma ordem executiva reduzindo parte do tarifa&ccedil;o agr&iacute;cola anunciado em abril. A medida elimina a tarifa b&aacute;sica de 10% para dezenas de produtos &mdash; como caf&eacute;, carne bovina, frutas frescas, castanhas e temperos &mdash;, mas n&atilde;o altera a sobretaxa adicional de 40% aplicada especificamente ao Brasil desde agosto.
O corte vale de forma imediata e retroativa a partir de ontem. A decis&atilde;o, segundo Trump, foi tomada com base em an&aacute;lises internas sobre infla&ccedil;&atilde;o e oferta de alimentos nos EUA. O governo americano reconheceu que algumas tarifas estavam pressionando o custo de vida e reduzindo o abastecimento de produtos que o pa&iacute;s n&atilde;o consegue produzir em escala, como caf&eacute; e banana.
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Tarifas j&aacute; tinham elevado pre&ccedil;os dentro dos EUA
Antes da mudan&ccedil;a, o tarifa&ccedil;o tinha gerado aumento de at&eacute; 20% no pre&ccedil;o do caf&eacute; no mercado americano. O Brasil, maior fornecedor mundial, enfrentava tributa&ccedil;&atilde;o total de 50%, o que derrubou as exporta&ccedil;&otilde;es &mdash; uma queda de 54% em outubro na compara&ccedil;&atilde;o anual, segundo o Cecaf&eacute;.
Trump afirmou ainda que haver&aacute; reembolso de tarifas j&aacute; pagas, mas sem detalhar quando ou como ocorrer&aacute;.
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Cortes n&atilde;o incluem o Brasil, e diplomacia de Lula segue sob cr&iacute;tica
Apesar da revis&atilde;o geral, o Brasil segue de fora da lista de beneficiados. Pa&iacute;ses como Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador conseguiram reduzir ou eliminar suas tarifas ap&oacute;s negocia&ccedil;&otilde;es firmadas nesta semana.
Enquanto isso, a diplomacia brasileira tenta reverter a sobretaxa de 40%, com reuni&otilde;es entre o chanceler Mauro Vieira e autoridades dos EUA &mdash; entre elas, o secret&aacute;rio de Estado Marco Rubio, aliado hist&oacute;rico de Trump.
Analistas avaliam que a dificuldade do governo Lula em reverter a medida reflete perda de prest&iacute;gio internacional, al&eacute;m do distanciamento pol&iacute;tico entre Bras&iacute;lia e Washington desde 2023.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na sexta-feira (14) uma ordem executiva que reduz retroativamente tarifas incidentes sobre uma s&eacute;rie de produtos agr&iacute;colas importados, como carne bovina, tomates, caf&eacute; e bananas. A medida, por&eacute;m, n&atilde;o altera a situa&ccedil;&atilde;o do Brasil, que permanece sujeito a uma taxa de 40% aplicada desde julho.
De acordo com fontes da Casa Branca ouvidas pela CNN Brasil, a ordem assinada por Trump trata apenas da al&iacute;quota inicial anunciada no in&iacute;cio do ano &mdash; uma tarifa m&iacute;nima de 10% para o Brasil. No entanto, em julho, o presidente norte-americano decidiu elevar substancialmente o valor, impondo uma sobretaxa de 40% que, somada &agrave; tarifa base, totalizou 50% sobre produtos brasileiros, especialmente o caf&eacute;.
A confirma&ccedil;&atilde;o de que a ordem executiva n&atilde;o alcan&ccedil;a a tarifa mais recente significa que as exporta&ccedil;&otilde;es brasileiras continuam submetidas ao n&iacute;vel elevado de taxa&ccedil;&atilde;o.
A decis&atilde;o ocorre em meio ao desgaste econ&ocirc;mico percebido pelos eleitores norte-americanos. Pesquisas de boca de urna realizadas no in&iacute;cio deste m&ecirc;s revelaram frustra&ccedil;&atilde;o com a escalada de pre&ccedil;os, o que se refletiu em vit&oacute;rias de candidatos democratas em elei&ccedil;&otilde;es estaduais realizadas fora do ciclo presidencial.
Diversos produtos inclu&iacute;dos na nova medida tarif&aacute;ria registraram alguns dos maiores aumentos de pre&ccedil;os desde o in&iacute;cio do mandato de Trump, impulsionados tanto pelas tarifas impostas pelo governo quanto pela baixa produ&ccedil;&atilde;o dom&eacute;stica. O caf&eacute; &eacute; um exemplo emblem&aacute;tico: o Brasil, principal fornecedor da commodity aos EUA, enfrenta uma tarifa de 50% desde agosto. Em setembro, os consumidores americanos pagaram quase 20% a mais pelo produto em rela&ccedil;&atilde;o ao mesmo per&iacute;odo do ano anterior, segundo dados do &Iacute;ndice de Pre&ccedil;os ao Consumidor.
No texto da ordem executiva, Trump afirma que tomou a decis&atilde;o &ldquo;ap&oacute;s considerar as informa&ccedil;&otilde;es e recomenda&ccedil;&otilde;es fornecidas por autoridades, o andamento das negocia&ccedil;&otilde;es com diversos parceiros comerciais, a demanda interna atual e a capacidade de produ&ccedil;&atilde;o dom&eacute;stica&rdquo;.
A medida entrou em vigor de forma retroativa a partir de quinta-feira (13). Segundo o documento, eventuais reembolsos decorrentes das tarifas cobradas ser&atilde;o processados pela Alf&acirc;ndega e Prote&ccedil;&atilde;o de Fronteiras dos EUA dentro dos procedimentos legais habituais.
Ao anunciar as mudan&ccedil;as, o secret&aacute;rio do Tesouro, Scott Bessent, destacou que a revis&atilde;o tarif&aacute;ria se concentra em produtos &ldquo;que n&atilde;o cultivamos aqui nos Estados Unidos&rdquo;, citando caf&eacute; e bananas. Embora pequenas regi&otilde;es do pa&iacute;s produzam caf&eacute;, a maior parte da demanda norte-americana depende da importa&ccedil;&atilde;o.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, saiu em defesa do presidente do Banco Central, Gabriel Gal&iacute;polo, nesta segunda-feira (10), ap&oacute;s a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticar publicamente a decis&atilde;o do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano &mdash; o maior patamar desde 2006.
Haddad afirmou &agrave; CNN Brasil que Gal&iacute;polo &ldquo;est&aacute; fazendo um bom trabalho&rdquo; &agrave; frente do BC e destacou que o economista tem adotado medidas importantes de regula&ccedil;&atilde;o, especialmente em &aacute;reas como fintechs e cr&eacute;dito imobili&aacute;rio.
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&ldquo;Acredito que ele est&aacute; fazendo um bom trabalho no BC, do ponto de vista de uma s&eacute;rie de procedimentos que est&atilde;o sendo adotados para coibir abusos do sistema financeiro&rdquo;, disse Haddad.
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Na contram&atilde;o, Gleisi afirmou que Gal&iacute;polo &ldquo;deixou a desejar&rdquo; ao n&atilde;o reduzir os juros, alegando que o pa&iacute;s &ldquo;cresce, gera empregos e tem infla&ccedil;&atilde;o sob controle&rdquo;. Para ela, manter a pol&iacute;tica monet&aacute;ria &ldquo;t&atilde;o restritiva&rdquo; prejudica a ind&uacute;stria e o cr&eacute;dito.
A cr&iacute;tica da deputada paranaense acentuou o clima de divis&atilde;o dentro do governo, em um momento em que Lula tenta pressionar o BC a cortar juros, enquanto o mercado cobra previsibilidade e responsabilidade fiscal.
Haddad, por sua vez, refor&ccedil;ou que &ldquo;o BC &eacute; mais do que a Selic&rdquo; e disse acreditar que h&aacute; espa&ccedil;o t&eacute;cnico para cortes graduais &mdash; mas sem atropelar a autonomia da institui&ccedil;&atilde;o. Ele ainda revelou ter se reunido com representantes da Febraban, que compartilham avalia&ccedil;&atilde;o semelhante.
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&ldquo;N&atilde;o &eacute; uma quest&atilde;o pessoal, &eacute; institucional. Todos t&ecirc;m suas opini&otilde;es &mdash; o mercado, o setor produtivo, a classe pol&iacute;tica &mdash;, mas quem decide &eacute; o BC&rdquo;, afirmou.
</blockquote>
A fala de Haddad tamb&eacute;m tentou amenizar o mal-estar com Gal&iacute;polo, visto como apadrinhado pol&iacute;tico do pr&oacute;prio ministro, mas que vem sofrendo ataques dentro da ala mais radical do PT &mdash; incluindo Gleisi, que tenta capitalizar o descontentamento com os juros altos para desgastar a pol&iacute;tica econ&ocirc;mica.
Cr&iacute;ticos &agrave; esquerda consideram que Haddad tenta &ldquo;blindar&rdquo; Gal&iacute;polo por afinidade pessoal, enquanto analistas mais independentes apontam que o ministro tenta manter a estabilidade institucional e evitar que o governo perca credibilidade fiscal ap&oacute;s sucessivos embates internos.

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