Juíza quebra sigilo de cartões do Corinthians em investigação de gastos suspeitos

A Justiça de São Paulo determinou, nesta sexta-feira (19), a quebra de sigilo dos cartões de crédito corporativos do Corinthians, atendendo a pedido do Ministério Público. A investigação mira possíveis gastos irregulares no clube entre 2018 e 2025, período que envolve as administrações de Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves e Augusto Melo.

A decisão, da juíza Márcia Mayumi Okoda Oshiro, da 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores, também autorizou a quebra de sigilo do Oliveira Minimercado, suspeito de emitir notas fiscais fraudulentas para o clube.

O caso ganhou força após a revelação de um gasto de R$ 32,5 mil em outubro de 2023 no minimercado, que segundo vistoria do promotor Cássio Roberto Conserino, não funciona no endereço informado.

O Corinthians afirmou já ter entregue ao MP todos os documentos relacionados aos cartões e relatórios de despesas.

O episódio remete a situações anteriores: em 2021, o então presidente Andrés Sanchez admitiu ter usado o cartão corporativo do clube em uma viagem de Réveillon, quando gastou R$ 9.416. O valor foi devolvido com juros após a repercussão negativa.