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BR-324: cinco meses após o fim da ViaBahia, motoristas enfrentam buracos e prejuízos
BR-324: cinco meses após o fim da ViaBahia, motoristas enfrentam buracos e prejuízos
Sem manutenção adequada, trecho entre Salvador e Feira de Santana volta a apresentar crateras, acidentes e falhas de atendimento — situação reacende debate sobre nova concessão da rodovia
Por: Redação
29/10/2025 às 09:47

Foto: Divulgação
Cinco meses após o fim da concessão da ViaBahia e a transferência da gestão da BR-324 para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT), motoristas baianos relatam um cenário de abandono e insegurança nas estradas.
Buracos, falta de sinalização e ausência de serviços essenciais, como guincho e ambulância, tornaram o percurso entre Feira de Santana e Salvador um desafio diário. O comerciante André Azevedo, que faz o trajeto de moto três vezes por semana, diz ter acumulado R$ 12 mil em prejuízos após dois acidentes provocados pelas crateras.
“Em um eu quase caí na frente de duas carretas. Hoje tenho mais medo da via do que dos motoristas”, relatou Azevedo.
Mesmo com o número de emergência divulgado pelo DNIT, os motoristas afirmam que a comunicação é falha e o atendimento inexistente. O caminhoneiro Márcio Carneiro afirmou nunca ter visto placas informando o contato oficial e diz que precisou recorrer a um guincho particular.
“O DNIT melhorou alguns trechos, mas o medo voltou. É como se a estrada tivesse regredido ao que era antes da ViaBahia”, afirmou.
O motorista Wagner de Almeida, que transporta pacientes de Mairi a Salvador, confirma a falta de equipes de manutenção. Segundo ele, as operações de tapa-buracos foram suspensas há mais de 15 dias.
“Pararam de trabalhar. A gente encontra motoristas pedindo socorro, pneus estourados, acidentes por todo lado”, descreveu.
Em nota, o DNIT afirmou que os serviços de reparo continuam em andamento e que os buracos devem ser eliminados até a próxima semana, destacando que mais de 40 km de recapeamento já foram executados desde o início da nova administração.
Enquanto isso, o edital de nova concessão da BR-324 segue em fase de elaboração. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) prevê investimentos de R$ 15,7 bilhões em obras e R$ 8 bilhões em custos operacionais, com promessa de geração de 228 mil empregos e melhoria logística nos 27 municípios cortados pela rodovia.
A incerteza, porém, permanece entre os motoristas, que veem um retrocesso na qualidade da estrada e ausência de planejamento do governo federal.
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