Família busca por ambulante sequestrado pelo CV na Ilha de Itaparica

A família de Daniel Araújo, de 25 anos, vive dias de angústia desde a última quarta-feira (8), quando o vendedor ambulante desapareceu na Ilha de Itaparica, na Região Metropolitana de Salvador. Criminosos que se identificaram como integrantes do Comando Vermelho entraram em contato com a família e exigiram R$ 3 mil pelo suposto resgate. O valor foi pago, mas Daniel não deu mais notícias.

“Vivemos os piores momentos de nossas vidas. Mas em nome de Jesus, vamos encontrar ele vivo”, disse o pai, Erlei Godim, em entrevista ao jornal. A família é de Itapecerica, em Minas Gerais. Neste domingo (12), moradores da cidade organizam uma corrente de oração pelo retorno do jovem.

Publicação suspeita nas redes sociais

Após o desaparecimento, uma mensagem foi publicada nos stories do perfil de Daniel no Instagram: “Não sou trabalhador mais não, sou bandido Comando Vermelho agora CV (sic)”, acompanhada de emojis e ícones alusivos ao grupo criminoso. O pai, no entanto, nega qualquer envolvimento do filho com atividades ilícitas.

“Ele não tem participação em nada disso. Foram eles mesmos (os criminosos) que fizeram a publicação”, declarou Erlei.

Daniel chegou à Ilha de Itaparica há cerca de 20 dias, onde trabalhava vendendo lençóis e utensílios domésticos. Foi visto pela última vez por volta das 6h30, ao sair de um restaurante em Barra do Pote. À noite, moradores relataram ter visto o carro do rapaz, um Fiat Uno, circulando pela ilha, mas sem conseguir identificar o motorista.

Pagamento de resgate e silêncio dos sequestradores

Segundo o pai, Daniel telefonou pedindo R$ 1 mil e disse estar sendo ameaçado de morte. Após a transferência, uma nova ligação foi feita exigindo mais R$ 2 mil. A quantia foi enviada com ajuda de familiares. Desde então, não houve mais contato.

“Eles pegaram o celular dele, estão usando as redes sociais dele”, afirmou o pai.