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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que est&aacute; em pris&atilde;o domiciliar desde agosto, a conceder entrevista ao podcast Caf&eacute; com Ferri, apresentado pelo investidor Rafael Ferri, ex-integrante do Traders Club. A informa&ccedil;&atilde;o &eacute; da coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Segundo informa&ccedil;&otilde;es, o pedido para a realiza&ccedil;&atilde;o da entrevista partiu do pr&oacute;prio podcast, que garantiu que o bate-papo n&atilde;o ser&aacute; transmitido ao vivo e respeitar&aacute; eventuais sigilos e decis&otilde;es judiciais.
No entanto, a grava&ccedil;&atilde;o da entrevista ainda depende do interesse de Bolsonaro.
Alexandre de Moraes encaminhou uma intima&ccedil;&atilde;o aos advogados do ex-presidente, que dever&atilde;o se manifestar, no prazo de cinco dias, sobre a realiza&ccedil;&atilde;o da entrevista.

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A primeira-dama Ros&acirc;ngela da Silva, conhecida como Janja, estar&aacute; em Caruaru (PE) na pr&oacute;xima ter&ccedil;a-feira (30) para participar de um encontro com mulheres evang&eacute;licas, seguido de culto em uma igreja da cidade. A programa&ccedil;&atilde;o &eacute; organizada por Thania Queiroz, esposa do ministro da Previd&ecirc;ncia, Wolney Queiroz (PDT).
Segundo a assessoria, a agenda faz parte de uma s&eacute;rie de reuni&otilde;es pelo pa&iacute;s, voltadas a ouvir mulheres evang&eacute;licas sobre a forma como as pol&iacute;ticas p&uacute;blicas chegam a esse segmento. No dia seguinte, Janja tamb&eacute;m estar&aacute; presente no Caatinga Climate Week, evento ambiental que acontece em Pernambuco.
O movimento &eacute; interpretado como uma tentativa de aproxima&ccedil;&atilde;o com o eleitorado evang&eacute;lico, tradicionalmente resistente ao governo petista e majoritariamente alinhado a lideran&ccedil;as conservadoras. O primeiro encontro de Janja com o segmento ocorreu em julho, no Rio de Janeiro, na Igreja Batista de S&atilde;o Crist&oacute;v&atilde;o, ao lado da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
As investidas de Janja acontecem em um momento de desgaste em sua imagem. Pesquisa Datafolha divulgada em junho mostrou que 36% dos brasileiros avaliam que suas a&ccedil;&otilde;es mais atrapalham do que ajudam o governo Lula, enquanto apenas 14% consideram que ela contribui positivamente para a gest&atilde;o.
Analistas veem a movimenta&ccedil;&atilde;o como uma tentativa de reposicionar a primeira-dama diante de um p&uacute;blico estrat&eacute;gico, mas ainda marcado pela desconfian&ccedil;a. Para cr&iacute;ticos, a agenda com evang&eacute;licos pode soar como gesto oportunista, diante do crescente distanciamento entre o governo e o segmento religioso.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ampliar o chamado inqu&eacute;rito das mil&iacute;cias digitais, incluindo no processo as amea&ccedil;as feitas ao tamb&eacute;m ministro da Corte, Fl&aacute;vio Dino, ap&oacute;s seu voto no julgamento que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de pris&atilde;o por suposta tentativa de golpe de Estado.
Atendendo a um pedido da Pol&iacute;cia Federal, Moraes determinou que as plataformas Meta, TikTok, X (antigo Twitter) e YouTube informem, em at&eacute; 48 horas, dados de dezenas de perfis que teriam publicado cr&iacute;ticas e ataques contra Dino e seus familiares.
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Inqu&eacute;rito sem fim
O inqu&eacute;rito das mil&iacute;cias digitais foi aberto em 2019 e, desde ent&atilde;o, tem sido alvo de cr&iacute;ticas de juristas e parlamentares por n&atilde;o ter prazo definido para acabar e por concentrar nas m&atilde;os de Moraes os pap&eacute;is de investigador, acusador e julgador. O caso agora ganha mais um cap&iacute;tulo, refor&ccedil;ando a percep&ccedil;&atilde;o de que o instrumento vem sendo usado de forma cada vez mais ampla para monitorar opositores e cr&iacute;ticos do Supremo.
De acordo com a PF, foram identificadas publica&ccedil;&otilde;es com amea&ccedil;as de morte e ofensas direcionadas a Dino e a seus familiares. As informa&ccedil;&otilde;es dever&atilde;o ser entregues pelas plataformas para que os autores sejam rastreados.
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Cr&iacute;ticas &agrave; escalada de censura
Enquanto Moraes afirma agir em defesa da democracia e das institui&ccedil;&otilde;es, opositores veem nas medidas uma escalada de censura e persegui&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica, em especial contra cidad&atilde;os comuns que manifestam indigna&ccedil;&atilde;o ou cr&iacute;ticas duras nas redes sociais.
Para analistas cr&iacute;ticos ao STF, a decis&atilde;o de estender ainda mais o inqu&eacute;rito refor&ccedil;a a concentra&ccedil;&atilde;o de poder de Moraes e aproxima a atua&ccedil;&atilde;o do Supremo de um modelo de controle absoluto do debate p&uacute;blico, no qual cr&iacute;ticas a ministros acabam sendo tratadas como crimes graves.

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A Justi&ccedil;a Federal em Pernambuco suspendeu, nesta quarta-feira (1&ordm;), o edital da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que previa a cria&ccedil;&atilde;o de 80 vagas em Medicina exclusivas para assentados do MST. O processo seletivo, aberto em 10 de setembro, dispensava vestibular e previa apenas uma reda&ccedil;&atilde;o sobre temas ligados &agrave; quest&atilde;o agr&aacute;ria e movimentos sociais, al&eacute;m da an&aacute;lise do hist&oacute;rico escolar.
A decis&atilde;o ocorreu ap&oacute;s den&uacute;ncia do vereador recifense Tadeu Calheiros (MDB), que argumentou que o edital feria o princ&iacute;pio da igualdade de oportunidades. O juiz respons&aacute;vel concordou, afirmando que &ldquo;benefici&aacute;rios do Pronera n&atilde;o podem ter acesso ao ensino superior formal diferentemente do devido legal seletivo exigido para os demais estudantes que se habilitam por ampla concorr&ecirc;ncia ou por a&ccedil;&otilde;es afirmativas&rdquo;.
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Rea&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica e m&eacute;dica
O vereador Tadeu Calheiros comemorou a decis&atilde;o:
"N&atilde;o sou contra pol&iacute;ticas afirmativas, que t&ecirc;m um papel importante na inclus&atilde;o. No entanto, o edital da UFPE feria o princ&iacute;pio da isonomia e estabelecia privil&eacute;gios indevidos no acesso &agrave; universidade. Essa decis&atilde;o refor&ccedil;a a necessidade de equil&iacute;brio e justi&ccedil;a no ingresso &agrave; Medicina".
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) tamb&eacute;m acionou o Tribunal de Contas da Uni&atilde;o (TCU) para investigar o caso. Entidades m&eacute;dicas de Pernambuco &mdash; entre elas o Conselho Regional de Medicina (Cremepe), o Sindicato dos M&eacute;dicos de Pernambuco (Simepe) e a Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica de Pernambuco (AMPE) &mdash; publicaram notas criticando o edital e alertando para o risco de comprometer a credibilidade acad&ecirc;mica.
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Contexto do Pronera e press&atilde;o do MST
A iniciativa foi fundamentada no Programa Nacional de Educa&ccedil;&atilde;o na Reforma Agr&aacute;ria (Pronera), transformado em lei durante o segundo governo Lula, em 2009, sob forte press&atilde;o do MST. A pr&aacute;tica tem sido utilizada pelo movimento para exigir turmas espec&iacute;ficas em universidades p&uacute;blicas.
Entidades m&eacute;dicas, no entanto, destacaram que a Constitui&ccedil;&atilde;o Federal assegura igualdade de condi&ccedil;&otilde;es de acesso &agrave;s universidades p&uacute;blicas, o que impediria a cria&ccedil;&atilde;o de cursos exclusivos para militantes de movimentos sociais.
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Demanda recorrente
Criar um curso de Medicina exclusivo &eacute; uma demanda antiga do MST. Tentativas semelhantes j&aacute; haviam sido feitas em outras universidades, como a UFPel (Universidade Federal de Pelotas), tamb&eacute;m sem sucesso diante da forte rea&ccedil;&atilde;o da sociedade civil e da comunidade acad&ecirc;mica.

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O Minist&eacute;rio da Cultura (MinC) anunciou que pretende incentivar escolas de samba a se tornarem pontos de cultura, status concedido a entidades da sociedade civil que desenvolvem atividades culturais em comunidades. A mudan&ccedil;a permitir&aacute; que essas agremia&ccedil;&otilde;es tenham acesso aos recursos da Pol&iacute;tica Nacional de Cultura Viva, que disp&otilde;e de R$ 500 milh&otilde;es anuais para financiar projetos.
O an&uacute;ncio foi feito pelo secret&aacute;rio-executivo do MinC, M&aacute;rcio Tavares, durante o 7&ordm; Congresso Nacional das Escolas de Samba (Conasamba), realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florian&oacute;polis.
"Queremos promover pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que sejam duradouras, transformadoras e contribuam efetivamente para o desenvolvimento do carnaval brasileiro", afirmou Tavares em registro do minist&eacute;rio.
Al&eacute;m da mudan&ccedil;a de status, o MinC anunciou a cria&ccedil;&atilde;o de um grupo de trabalho permanente sobre o carnaval, a oferta de cursos de capacita&ccedil;&atilde;o na plataforma Escola Solano Trindade (Escult) e apoio para que escolas de samba apresentem projetos em editais p&uacute;blicos, como os da Lei Aldir Blanc.
No encerramento do congresso, a Federa&ccedil;&atilde;o Nacional das Escolas de Samba divulgou a Carta de Florian&oacute;polis 2025, na qual reivindica pol&iacute;ticas p&uacute;blicas permanentes, incluindo financiamento para infraestrutura cultural, promo&ccedil;&atilde;o de projetos de internacionaliza&ccedil;&atilde;o e maior acesso ao mercado da ind&uacute;stria cultural.
Embora o governo apresente a medida como valoriza&ccedil;&atilde;o da cultura popular, cr&iacute;ticos questionam a destina&ccedil;&atilde;o de recursos em meio a outras demandas urgentes do pa&iacute;s, como sa&uacute;de, educa&ccedil;&atilde;o e seguran&ccedil;a. Para eles, transformar escolas de samba em benefici&aacute;rias diretas de verbas p&uacute;blicas pode ampliar ainda mais o debate sobre o uso da m&aacute;quina estatal em pol&iacute;ticas de car&aacute;ter eleitoral e de visibilidade.

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