Enquanto o Brasil enfrenta crise, Lula já soma 118 dias fora do país em viagens internacionais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarcou neste domingo (20) rumo a Santiago, no Chile, para participar de mais uma cúpula internacional — desta vez sob o pretexto de discutir “defesa da democracia e combate à desinformação”.

Com esse novo compromisso fora do país, Lula atingirá a marca de 118 dias no exterior desde o início de seu terceiro mandato. Só em 2025, o petista já visitou 11 países diferentes, totalizando 30 dias fora do Brasil em apenas sete meses.

O evento, batizado de “Democracia Sempre”, reunirá nomes alinhados ideologicamente à esquerda latino-americana, como o presidente do Chile, Gabriel Boric, o espanhol Pedro Sánchez, o colombiano Gustavo Petro, e o uruguaio Yamandú Orsi. Todos participam da iniciativa que defende o “multilateralismo” e a “justiça social” — conceitos vagos frequentemente usados para justificar a expansão de burocracias globais e a limitação da soberania nacional.

Lula deve usar o palco da cúpula para atacar Donald Trump (candidato à reeleição nos EUA), reclamando da taxação de 50% sobre produtos brasileiros. A medida americana, no entanto, é vista como legítima defesa econômica por parte de países que não querem ser prejudicados por desequilíbrios comerciais.

Enquanto isso, o Brasil vive uma realidade bem diferente. A economia segue pressionada, com inflação em alta, desemprego persistente e uma escalada na violência urbana em diversos estados. Além disso, o governo Lula tem adotado políticas impopulares, como o aumento de impostos, especialmente sobre a classe média e os setores produtivos.

As constantes viagens internacionais do presidente têm sido alvo de críticas até entre aliados, que veem desconexão com a realidade brasileira e prioridade política à agenda globalista em detrimento das urgências nacionais.

Lula deve retornar ao Brasil na segunda-feira (21), encerrando mais uma rodada de discursos em que tenta vender uma imagem de liderança global, enquanto enfrenta queda de popularidade e crescentes desgastes internos.