Governo Lula gasta R$ 1 milhão em campanha digital sobre segurança pública
Publicações impulsionadas exaltam “inteligência no combate ao crime” e criticam operações letais como a do Rio de Janeiro
Por: Redação
03/11/2025 às 21:08

Foto: Divulgação
Em apenas seis dias, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou cerca de R$ 1 milhão em impulsionamento de posts nas redes sociais — Facebook e Instagram — com mensagens sobre segurança pública, segundo dados da Meta Ad Library.
A campanha começou em 29 de outubro, um dia após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, conduzida pelo governador Cláudio Castro (PL), que resultou em 121 mortos. Segundo a reportagem do Poder360, os anúncios federais exaltam o uso de inteligência no combate ao crime organizado, em contraponto ao discurso de endurecimento policial que ganhou força após a tragédia.
Posts impulsionados
Ao todo, seis postagens foram promovidas entre 29 de outubro e 3 de novembro. O vídeo mais caro, um reel publicado no Instagram, custou entre R$ 600 mil e R$ 700 mil e mostra uma narrativa crítica a operações letais, com a frase:
“Matar 120 pessoas não adianta nada no combate ao crime. É preciso mais inteligência e menos sangue.”
Outras publicações destacaram propostas do governo, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, apresentadas como soluções de longo prazo para integrar as forças policiais e reduzir riscos à população.
O impulsionamento das postagens ocorreu no auge das críticas à condução da operação no Rio e serviu para reforçar a narrativa de “segurança com inteligência” defendida pelo Palácio do Planalto. O movimento foi interpretado por analistas como uma tentativa de reverter a percepção negativa do governo nas redes sociais — segundo pesquisas de monitoramento digital, 3 a cada 4 menções a Lula sobre o tema foram negativas na semana da operação.
Além disso, os anúncios destacaram o compromisso do governo federal com o combate ao crime organizado, mas com ênfase em ações planejadas e não “de confronto”, seguindo o discurso do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.
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