Michelle Bolsonaro acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “ficar do lado do crime e abandonar a vítima”

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro fez duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento político realizado em Londrina, no Paraná. Em seu discurso, Michelle acusou o chefe do Executivo de “ficar do lado do crime e abandonar a vítima”, afirmando que há uma inversão de valores no país e que o governo estaria mais preocupado em defender criminosos do que proteger cidadãos de bem.

A fala foi uma reação a notícias de que o governo estudaria conceder algum tipo de benefício a familiares de pessoas mortas em ações policiais, hipótese que não foi confirmada oficialmente, mas que provocou forte repercussão. Segundo Michelle, o governo deveria concentrar esforços em amparar as vítimas da violência, e não aqueles que atentam contra a lei. “Hoje há uma inversão enorme de valores. Ele fica do lado do crime e abandona a vítima”, declarou, citando como exemplo o caso de um jovem morto em Brasília durante um assalto a celular.

A ex-primeira-dama também afirmou que o presidente “faz aliança com o crime”, sugerindo que o governo federal adota uma postura leniente diante da criminalidade. O pronunciamento reforça o tom de confronto entre o campo bolsonarista e o governo Lula, especialmente em temas relacionados à segurança pública e direitos humanos.

A declaração tem forte apelo político e emocional, pois associa o governo à defesa de criminosos e explora o sentimento de indignação popular diante da violência. Embora o Ministério dos Direitos Humanos e outras pastas do governo tenham negado qualquer proposta de auxílio a famílias de criminosos, a acusação ganhou repercussão e fortalece o discurso oposicionista de que o atual governo estaria desconectado das demandas da população e da necessidade de fortalecer o combate ao crime.

A fala de Michelle também indica que ela mantém papel ativo na articulação política da oposição, utilizando temas sensíveis, como segurança pública e impunidade, para desgastar a imagem do governo. Para analistas, esse tipo de narrativa amplia o desgaste do Planalto em um momento em que o país enfrenta índices preocupantes de criminalidade e uma percepção crescente de insegurança nas grandes cidades.