Michelle Bolsonaro afirma que marido está “humilhado” e acusa juízes de agirem por "vingança"

Em áudio transmitido durante manifestações realizadas em Brasília e no Rio de Janeiro neste 7 de setembro, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro expressou duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e repreendendo o sistema judicial.

Afirmando que os magistrados agem motivados por vingança, Michelle destacou que Bolsonaro está “humilhado e preso” por “enfrentar o sistema por amor ao povo”. Segundo ela, os juízes teriam “perseguido e punido inocentes” ao longo dos últimos três anos.

Michelle ainda qualificou os ministros do STF como “tirânicos” e denunciou o que considera uma injustiça judicial. Ela mencionou o caso de Débora do Batom e outros condenados pelos atos de 8 de janeiro, apontando as penas recebidas — de até 17 anos — como mais severas do que aquelas aplicadas a assassinos e traficantes.

O discurso criticou o julgamento que Bolsonaro enfrenta por tentativa de golpe de Estado, definindo-o como uma “grande peça teatral” e uma afronta ao devido processo legal: “Hoje, por perseguição e injustiça, ele não pode falar, mas nós falaremos por ele até que essa tirania e essa perseguição sejam vencidas”.

Michelle lembrou também as medidas adotadas no caso de sua família — tornozeleira eletrônica para Bolsonaro, prisão domiciliar, invasão à residência e exposição da intimidade — classificando tudo como atos de vingança política contra um “amor ao povo”: “As defesas foram sabotadas… tornozeleira no Jair, prisão domiciliar por pura vingança, invasão ao nosso lar, exposição da intimidade da nossa família”.

A fala encerrou em tom religioso e de esperança, com Michelle convocando a militância a orar e confiar em Deus para transformar a dor em vitória: “Não é ser contra a soberania, é para salvar o Brasil da ditadura que já estamos vivendo... confiamos em Deus, que Ele transformará essa dor em vitória”.