“Reaja, Brasil”: multidões ocupam ruas em defesa da anistia e contra o STF

Milhares de pessoas tomaram as ruas de diversas capitais e cidades do país neste 7 de setembro para participar do movimento “Reaja, Brasil”. As manifestações tiveram como principais pautas a defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

Na Avenida Paulista, em São Paulo, o público se concentrou desde cedo com faixas e cartazes pedindo “Anistia já” e entoando palavras de ordem contra o governo federal e o STF. O ato contou com a participação de lideranças políticas e religiosas, como o pastor Silas Malafaia, além de governadores de estados governados pela oposição, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG) e Jorginho Mello (SC). Os discursos também defenderam o impeachment de Moraes e criticaram a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Rio de Janeiro, a orla de Copacabana foi ocupada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O senador Flávio Bolsonaro e parlamentares de direita marcaram presença, reforçando a pauta da anistia e fazendo críticas à imprensa e ao governo federal. Já em Belo Horizonte, o deputado federal Nikolas Ferreira declarou que “sem liberdade, não há independência”, em referência à data comemorativa.

Na Bahia, milhares de pessoas se reuniram no Farol da Barra, em Salvador. O deputado estadual Leandro de Jesus celebrou a mobilização e afirmou que o movimento demonstra a força da população contra o que classificou como perseguição política. Em Goiás, o deputado federal Gustavo Gayer também participou de ato em Goiânia, reforçando a mesma linha de discurso.

Além das capitais brasileiras, o movimento ganhou repercussão internacional, com registros de manifestações em Londres, onde brasileiros se reuniram em apoio ao “Reaja, Brasil” e também prestaram solidariedade a outras pautas de caráter global.

As manifestações de 7 de setembro consolidaram o movimento como um dos maiores atos políticos da oposição em 2025, reforçando a tensão entre setores da direita e o Supremo Tribunal Federal, e colocando a pauta da anistia no centro do debate político nacional.