
Reprovação ao governo Lula se mantém em 40%, aponta Datafolha
Pesquisa revela estabilidade na avaliação negativa em meio a crises com os EUA e desgaste interno com inflação e Pix
Por: Redação
03/08/2025 às 07:00

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A mais recente pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado (2), mostra que a reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua alta e estável, alcançando 40%. Já a aprovação do petista oscilou, subindo de 28% para 29%, dentro da margem de erro.
A avaliação regular caiu de 31% para 29%, indicando um ligeiro encolhimento da base que ainda confere algum benefício da dúvida ao governo.
Os números foram colhidos entre os dias 29 e 30 de julho, com 2004 entrevistas realizadas em 130 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
A manutenção do índice elevado de rejeição ocorre em meio a uma sequência de crises que desgastam a imagem do governo: o aumento da inflação de alimentos, a instabilidade em torno do sistema Pix e, mais recentemente, o acirramento das relações diplomáticas com os Estados Unidos.
A decisão do presidente americano Donald Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros gerou forte repercussão política. Lula tentou responder com um discurso de viés nacionalista, resgatando slogans como “O Brasil é dos Brasileiros” e buscando transferir parte da responsabilidade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A estratégia, no entanto, não se refletiu nos índices de popularidade.
Desde o pico de reprovação registrado em fevereiro de 2024 — 41% de ruim/péssimo contra apenas 24% de ótimo/bom —, o governo Lula não conseguiu retomar uma trajetória de crescimento na avaliação positiva. Em abril, houve uma leve recuperação para 29% de aprovação, mas desde então os números permanecem estagnados.
O cenário indica um governo fragilizado diante de temas sensíveis ao bolso do brasileiro e com dificuldades crescentes de articulação no Congresso, especialmente após o União Brasil anunciar a entrega de ministérios e o rompimento político com o Planalto.
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