Trump revoga tarifa de 40% sobre carnes, café e produtos agrícolas do Brasil
Medida é retroativa, reduz pressão sobre exportadores brasileiros e ocorre após conversa entre Trump e Lula
Por: Redação
21/11/2025 às 12:23

Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (20) a retirada da tarifa adicional de 40% sobre carnes, café e diversos produtos agrícolas brasileiros. A decisão, publicada em ordem executiva tem efeito retroativo a 13 de novembro, beneficiando cargas que já haviam entrado no território norte-americano.
O governo Lula afirmou ter recebido o anúncio “com satisfação” e destacou que vários itens passarão a entrar nos EUA sem cobrança extra. O comunicado foi reproduzido na reportagem na mesma seção inicial do arquivo.
Tarifaço sofria pressão interna nos EUA
Os Estados Unidos haviam removido, dias antes, uma tarifa geral de 10% aplicada a todos os parceiros comerciais. No entanto, o Brasil continuava submetido ao adicional de 40% desde agosto. A justificativa do governo norte-americano à época incluía críticas às decisões do Supremo Tribunal Federal relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a políticas envolvendo big techs.
A Casa Branca mencionou, no novo decreto, uma conversa telefônica entre Trump e Lula em 6 de outubro, afirmando que ambos concordaram em iniciar negociações comerciais. O texto também aponta que o presidente dos EUA atendeu recomendações de assessores econômicos, que relataram pressão inflacionária sobre produtos como carne moída e frutas.
O que deixa de ser tarifado
A ordem executiva abrange uma extensa lista de itens, incluindo:
- carnes bovinas e cortes premium;
- café, chá e mate;
- frutas como banana, manga, laranja, abacaxi e coco;
- especiarias como pimenta, baunilha, canela, páprica e açafrão;
- óleo de coco, tapioca, cacau e derivados;
- sucos de laranja, limão e abacaxi;
- fertilizantes como ureia, nitratos e superfosfatos.
A medida deve beneficiar diretamente o agronegócio brasileiro, setor que vinha sofrendo com o aumento de custos e incertezas sobre o destino das exportações.
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