Governo Trump critica Judiciário brasileiro e vincula tarifa de 50% a preocupações com censura e direitos humanos

O gabinete do governo de Donald Trump voltou a questionar, nesta quarta-feira (15), as ações do sistema judiciário brasileiro ao justificar a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre bens provenientes do Brasil. A medida, que gerou reações no meio diplomático e econômico, foi explicada durante uma coletiva de imprensa em Washington.

O Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que a tarifa está dividida em duas partes. A primeira, de 10%, seria uma alíquota base universal “para controlar o déficit comercial, que é um grande problema para nós”, segundo ele. Já os outros 40% estariam vinculados a “outra questão”, relacionada a preocupações políticas e institucionais no Brasil.

“Está relacionada à nossa imensa preocupação quanto ao Estado de Direito, à censura e aos direitos humanos no Brasil”, declarou Greer. Ele citou, sem mencionar nomes ou casos específicos, que “juízes brasileiros” estariam promovendo censura a empresas americanas e perseguição à oposição política.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, que também participou da coletiva, acrescentou que há “prisões ilegais de cidadãos americanos no Brasil”, sem detalhar os episódios mencionados.