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Prefeito é morto a tiros na Guatemala em meio a escalada da violência no país

Prefeito é morto a tiros na Guatemala em meio a escalada da violência no país

Assassinato de Nelson Luciano Marroquín, aliado da direita guatemalteca, expõe fragilidade da segurança pública sob governo de centro-esquerda

Por: Redação

08/12/2025 às 08:16

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Foto: Reprodução/Youtube

O prefeito de Masagua, no sul da Guatemala, Nelson Luciano Marroquín, de 38 anos, foi assassinado a tiros na noite de sábado (6) enquanto participava de uma festa de Natal no município. O ataque, executado por criminosos ainda não identificados, reacende o alerta sobre o avanço da violência no país centro-americano.

Marroquín era filiado ao partido Vamos, legenda de direita ligada ao ex-presidente Alejandro Giammattei. Segundo relatos, homens armados se aproximaram do local do evento e abriram fogo contra o prefeito, atingindo também um de seus seguranças. O grupo fugiu em seguida, sem deixar pistas.

Socorrido em estado crítico pelos bombeiros, o prefeito foi levado ao Hospital Nacional de Escuintla, mas não resistiu aos múltiplos disparos e morreu ao chegar ao pronto-socorro. Peritos recolheram ao menos três cápsulas de munição e um projétil no local do crime, que foram encaminhados ao Instituto Nacional de Ciências Forenses para análise balística, na tentativa de identificar os autores.

Diante do impacto político do assassinato, as autoridades decretaram medidas especiais de segurança para o funeral de Marroquín, numa tentativa de evitar novos episódios de violência e garantir a proteção de familiares, aliados e moradores que desejam participar das homenagens.

O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo de León, do partido Movimiento Semilla (centro-esquerda), usou a rede social X para declarar “total repúdio” ao crime e informou ter dado ordens ao Ministério do Interior para que os responsáveis sejam levados à Justiça. Ele prometeu mobilizar “todos os recursos disponíveis” para conter a violência e responder “com firmeza” a ataques dessa natureza.

Apesar do discurso oficial, os números expõem um cenário preocupante. Dados do próprio governo mostram que a Guatemala registrou 2.154 homicídios nos primeiros oito meses de 2025, contra 1.816 no mesmo período do ano anterior — um aumento de 18% em apenas um ano. A taxa atual é de 17,65 homicídios por 100 mil habitantes, aproximadamente o dobro da média mundial, o que reforça a percepção de que o Estado tem falhado em garantir segurança mínima à população.

O assassinato de um prefeito em pleno evento festivo, aliado a um partido de direita, aprofunda a sensação de instabilidade política e fortalece críticas de setores conservadores e liberais à condução da segurança pública pelo governo de centro-esquerda. Para esses grupos, a escalada da criminalidade, mesmo diante de promessas de “contener a violência”, evidencia a incapacidade do Estado em enfrentar o crime organizado e proteger autoridades locais.

Enquanto a investigação avança lentamente, o caso de Nelson Luciano Marroquín torna-se símbolo de um país onde líderes políticos, especialmente em cidades do interior, seguem vulneráveis a execuções, e em que o discurso oficial não tem se traduzido em resultados concretos na redução da violência.

 

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