Trump afirma que regime de Nicolás Maduro “está com os dias contados”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), afirmou que o regime de Nicolás Maduro, líder socialista da Venezuela, “está com os dias contados”. A declaração foi feita durante entrevista ao programa 60 Minutes, da CBS, e sinaliza um novo endurecimento da política americana contra governos autoritários na América Latina .

“Eu diria que sim. Acho que sim”, respondeu Trump, ao ser questionado se considera que o governo de Maduro caminha para o fim.

O republicano destacou que os Estados Unidos têm atuado “de forma muito eficaz” para interceptar embarcações ligadas ao narcotráfico no Caribe e no Pacífico, muitas delas vindas da Venezuela e da Colômbia. As operações, segundo o governo americano, fazem parte de um plano coordenado de combate ao crime transnacional e já resultaram na destruição de 16 embarcações e na morte de 64 traficantes, em 15 ofensivas registradas desde setembro .

Trump também revelou que não vê risco de guerra com a Venezuela, mas defendeu a manutenção da pressão econômica e militar para enfraquecer o chavismo, que já dura mais de 25 anos no poder. Segundo o jornal The Washington Post, Maduro tentou buscar apoio militar junto a Rússia, China e Irã, mas não obteve resposta significativa.

“O governo americano não busca conflito, mas não permitirá que o narcotráfico e regimes autoritários ameacem a segurança das Américas”, disse uma fonte próxima à Casa Branca.

O líder venezuelano chegou a propor uma “transição política negociada”, exigindo anistia para seus aliados e participação chavista no governo de transição, mas a oferta foi rejeitada pela Casa Branca.

Na entrevista, Trump também afirmou que pretende retomar testes nucleares para “acompanhar o ritmo de outros países” e garantir a supremacia militar dos Estados Unidos.

“Precisamos manter nossa força. Outros países testam armas nucleares; nós também devemos fazê-lo”, afirmou.

A nova postura da administração Trump marca um reposicionamento firme dos EUA na América Latina, com ênfase em segurança, soberania e combate ao narcotráfico, contrastando com a diplomacia leniente e ideológica que prevaleceu sob governos democratas.