Venezuela condena médica a 30 anos de prisão por áudio crítico a Maduro
Sentença dura reforça escalada autoritária do regime e acende alerta internacional
Por: Redação
17/11/2025 às 22:57

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A repressão do regime de Nicolás Maduro atingiu um novo patamar de brutalidade. A médica venezuelana Marggie Orozco, de 65 anos, foi condenada a 30 anos de prisão após enviar um simples áudio de WhatsApp criticando o regime chavista e incentivando a população a participar das eleições presidenciais de julho de 2024. A decisão extrema foi confirmada por organizações de direitos humanos e por lideranças opositoras, evidenciando o estado de vigilância e perseguição política que domina o país.
A sentença foi emitida pelo Tribunal 4º de Juicio do estado de Táchira, segundo a ONG Clippve, que denunciou “graves violações à liberdade de expressão” no processo. Orozco foi acusada de “traição à pátria”, “incitação ao ódio” e “conspiração” — acusações típicas dos regimes autoritários para silenciar opositores.
O caso surgiu após uma representante dos Comitês Locais de Abastecimento e Produção (CLAP), vinculados ao chavismo, denunciar a médica às autoridades. Ela foi detida em agosto de 2024, na cidade de San Juan de Colón, região próxima à fronteira com a Colômbia.
Nas redes sociais, a indignação tomou força. O ex-governador de Táchira, César Pérez Vivas, classificou a decisão como um “ato perverso” e denunciou que o regime está transformando críticas cotidianas em crimes graves, com penas comparáveis às de assassinos e líderes de cartéis.
A condenação simboliza o cenário de total supressão de liberdades civis na Venezuela — um país onde eleições são manobradas, opositores são presos, jornais são fechados e cidadãos comuns agora enfrentam décadas de prisão por manifestar opinião.
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