Início

/

Notícias

/

Bahia

/

Em bairros de Salvador, tráfico impõe que moradores durmam de portas abertas

Em bairros de Salvador, tráfico impõe que moradores durmam de portas abertas

Facções obrigam famílias a deixar casas destrancadas para servir de rota de fuga; em 2025, ao menos 18 famílias já foram feitas reféns

Por: Redação

29/08/2025 às 07:32

Imagem de Em bairros de Salvador, tráfico impõe que moradores durmam de portas abertas

Foto: Reprodução

Portas destrancadas, portões sem cadeado e o medo dentro de casa. Essa tem sido a realidade em bairros de Salvador dominados por facções criminosas, onde moradores são obrigados a deixar suas residências abertas para que traficantes em fuga possam entrar quando necessário. A informação é do jornal Correio.

No Engenho Velho da Federação, uma moradora relata conviver com a presença de homens armados dentro da própria casa durante operações policiais.

“Já acordei com gente mandando eu calar a boca porque estavam fugindo da polícia. Moro aqui há 30 anos e nunca vi nada parecido”, disse à reportagem, sob anonimato por medo de represálias.

A ordem das facções é clara: quem descumpre pode sofrer torturas ou até a morte. A prática não é isolada. Em outras localidades, como o Nordeste de Amaralina e o Subúrbio Ferroviário, moradores relatam a mesma rotina. Muitos tentam se mudar, mas enfrentam dificuldades financeiras e a desvalorização dos imóveis.

Policiais que atuam em Salvador confirmam a situação. “Se o bandido encontra a porta fechada, pode até matar o dono da casa. Já vimos casos em que o sujeito simplesmente desaparece na esquina porque entrou em alguma residência”, relatou um PM. Outro agente acrescenta que os criminosos usam os moradores tanto como esconderijo quanto como reféns.

De acordo com levantamento feito pela reportagem, ao menos 18 famílias já foram feitas reféns em 2025 em diferentes bairros da capital baiana. Todas as situações terminaram sem mortes após negociação com a polícia, mas o temor permanece.

Para o coronel reformado da PM Antônio Jorge Melo, a estratégia mostra como as facções usam comunidades carentes como escudo humano. “Esses criminosos se escondem atrás da população, e quando são descobertos fazem moradores de reféns para garantir a fuga”, afirma. Ele cita ainda outras táticas, como obrigar crianças a brincar na rua e aproveitar horários de maior fluxo escolar para dificultar ações da polícia.

Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil

Entre em contato conosco pelo whatsappp

Assine nossa news letter

Receba as principais notícias do dia direto no seu e-mail.

Aceito receber e-mails com notícias e atualizações.

logo

Site dedicado a informar com agilidade e responsabilidade, trazendo os principais acontecimentos locais, regionais e nacionais.

Siga

Rede Comunica Brasil © Copyright 2025

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.