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Boulos critica operações no Rio e diz que “há quem faça populismo à base de sangue”
Boulos critica operações no Rio e diz que “há quem faça populismo à base de sangue”
Ministro da Secretaria-Geral da Presidência ataca postura de Cláudio Castro e defende “inteligência” no lugar de confronto direto
Por: Redação
04/11/2025 às 08:35

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O ministro Guilherme Boulos (Secretaria-Geral da Presidência da República) voltou a adotar um discurso alinhado ao governo Lula e criticou as operações policiais conduzidas no Rio de Janeiro após os confrontos com o Comando Vermelho, que deixaram mais de 120 mortos.
Durante evento em Brasília, Boulos afirmou que “há quem faça populismo à base de sangue”, numa clara indireta ao governador Cláudio Castro (PL), que liderou a megaoperação nos complexos do Alemão e da Maré.
“Você pode combater o crime pegando ali na ponta e fazendo populismo à base de sangue. Tem gente que usa isso para fazer política. É lamentável”, declarou Boulos.
O ministro, que tenta construir sua imagem nacional de olho em 2026, defendeu o modelo de “inteligência financeira” no combate ao crime — o mesmo discurso usado pelo PT para minimizar ações policiais duras nas favelas. Ele citou operações da Polícia Federal e da Receita Federal que, segundo ele, teriam “eficácia maior sem disparar um tiro”.
Defesa de Lula e críticas à polícia
Boulos afirmou ainda que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva é “o mais forte no combate ao crime organizado”, exaltando ações como a Operação Carbono Oculto, que mirou empresas suspeitas de lavagem de dinheiro. O ministro também criticou ocupações policiais em áreas de baixa renda, classificando-as como “racistas e desumanas”.
A fala gerou reações de setores da segurança pública e políticos da oposição, que veem em Boulos um ataque político à polícia e ao governador fluminense. Parlamentares de direita afirmaram que o ministro tenta criminalizar o trabalho das forças de segurança, ao mesmo tempo em que passa pano para o crime organizado.
O governador Cláudio Castro, por sua vez, tem sido amplamente apoiado por lideranças da direita e pela população fluminense, que vê nas operações uma resposta firme ao avanço do tráfico. A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta segunda (3), apontou que 72% dos moradores do Rio são favoráveis a classificar as facções criminosas como organizações terroristas — proposta defendida por Flávio e Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares do PL.
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