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Chefe de gabinete de Hugo Motta é acusada de operar esquema de rachadinha com poderes para sacar salários de servidores
Chefe de gabinete de Hugo Motta é acusada de operar esquema de rachadinha com poderes para sacar salários de servidores
Investigação aponta que Ivanadja Velloso controlava contas de funcionários e ex-funcionários; dois ainda trabalham no gabinete do presidente da Câmara
Por: Redação
15/08/2025 às 18:54

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A chefe de gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), Ivanadja Velloso Meira Lima, é alvo de denúncia do Ministério Público Federal (MPF) por suposto esquema de rachadinha. Documentos revelam que ela detinha procurações com poderes “amplos e ilimitados” para sacar salários e movimentar valores das contas de pelo menos dez pessoas que trabalharam ou ainda trabalham no gabinete do parlamentar.
Oito dessas procurações autorizavam explicitamente o recebimento dos salários dos servidores — dois deles permanecem na equipe de Motta. No total, os funcionários identificados acumularam mais de R$ 4 milhões em remunerações durante o período em que estiveram lotados no gabinete.
As procurações, registradas desde 2011, dão a Ivanadja autoridade para representar os servidores “em quaisquer agências bancárias, podendo receber quantias e salários, movimentar e sacar cheques”. Parte dos beneficiários desses documentos nem sequer desempenhava função na Câmara, segundo indícios levantados pela reportagem.
Ivanadja já responde a ação de improbidade administrativa por caso semelhante no gabinete do deputado Wilson Santiago (Republicanos-PB), aliado de Motta. No processo, o MPF a acusa de movimentar a conta de um funcionário fantasma que jamais trabalhou em Brasília e desconhecia até o valor de seu salário.
Entre os casos identificados no gabinete de Motta está o do motorista e caseiro Ary Gustavo Xavier Guedes Soares, lotado desde 2011 e responsável por cuidar da fazenda do deputado na Paraíba. Ele assinou duas procurações para que Ivanadja tivesse acesso aos seus vencimentos. Outra servidora, Jane Costa Gorgônio, também autorizou a chefe de gabinete a movimentar seu salário.
Há ainda situações que sugerem acúmulo irregular de cargos, como a de Maria Socorro de Oliveira, que trabalhou simultaneamente no gabinete e no governo da Paraíba, contrariando a Constituição e as normas da Câmara.
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