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Eduardo Bolsonaro rejeita negociações sobre penas e acusa Temer e Moraes de “traição”
Eduardo Bolsonaro rejeita negociações sobre penas e acusa Temer e Moraes de “traição”
Deputado critica relator Paulinho da Força e afirma que não aceitará acordo que limite anistia aos condenados por 8 de janeiro
Por: Redação
20/09/2025 às 12:00

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou, nesta sexta-feira (19), as articulações em curso no Congresso para reduzir penas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele afirmou que a ideia de uma anistia ampla, geral e irrestrita “não está sob negociação” e acusou lideranças políticas de cederem ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Relator da proposta em debate, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) já havia descartado a possibilidade de uma anistia ampla. Eduardo reagiu e advertiu o colega:
“Um conselho de amigo: muito cuidado para você não acabar sendo visto como colaborador do regime de exceção. Assim como está expresso na lei, todo colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos é passível das mesmas sanções.”
Paulinho tem negociado ajustes nas penas em reuniões com Michel Temer (MDB) e Aécio Neves (PSDB-MG). O objetivo seria aprovar um texto que alivie condenações sem afrontar diretamente o STF.
Eduardo também criticou Temer, a quem acusou de “não ter palavra”, lembrando a Carta à Nação de 2021, redigida pelo emedebista após os tensionamentos entre Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Segundo Eduardo, Temer não teria cumprido compromissos assumidos na ocasião.
O deputado voltou a direcionar críticas ao ministro do STF. “Não há diferença entre Alexandre de Moraes e Adélio Bispo [autor da facada contra Bolsonaro em 2018]”, declarou.
Sanções e pressão internacional
Eduardo Bolsonaro mudou-se para os Estados Unidos em março deste ano, onde articulou sanções contra Moraes. A ofensiva resultou em medidas do governo Donald Trump, como a inclusão do ministro na Lei Magnitsky, tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e suspensão de vistos para autoridades.
Paulinho da Força alertou que novas sanções podem comprometer a tramitação do projeto. “Se houver novas sanções em meio à discussão, isso vai atrapalhar e muito. Espero que Eduardo perceba que qualquer penalização ao Brasil toca fogo no parquinho”, disse à GloboNews.
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