Início
/
Notícias
/
Brasil
/
Ex-assessor revela grupo de WhatsApp entre TSE e PF para investigar atos antidemocráticos
Ex-assessor revela grupo de WhatsApp entre TSE e PF para investigar atos antidemocráticos
Por: Redação
09/09/2025 às 23:19

Foto: Divulgação
O perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revelou a existência de um grupo informal de WhatsApp denominado “Atos Antidemocráticos”. Segundo Tagliaferro, o grupo reunia servidores do TSE e membros da Polícia Federal (PF) com o objetivo de identificar participantes das manifestações de 8 de janeiro. A prática envolvia a verificação de imagens de suspeitos utilizando registros biométricos do banco de eleitores do TSE, cruzando dados como foto, nome e número de documentos. Essa colaboração visava confirmar identidades e endereços de suspeitos a partir de fotos de manifestações e redes sociais.
A denúncia foi feita em uma audiência na Comissão de Segurança Pública do Senado. Tagliaferro já havia anteriormente denunciado que um juiz assessor de Moraes fazia pedidos informais a ele por meio de WhatsApp, quando chefiava a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, entre agosto de 2022 e maio de 2023. A nova denúncia inclui a participação da PF no grupo de execução de tarefas fora dos ritos da Justiça.
Durante a audiência, Tagliaferro também relatou fraudes processuais, contatos indevidos entre Moraes e o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, e um conluio de integrantes do Judiciário com ativistas de universidades. Além disso, divulgou um vídeo em suas redes sociais mostrando uma conversa de WhatsApp atribuída a Moraes, na qual o ministro supostamente conduz procedimentos fora dos ritos institucionais estabelecidos.
Tagliaferro, que atualmente reside na Itália em uma situação que classifica como autoexílio por ser “perseguido por Alexandre de Moraes”, é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por ter vazado informações internas do TSE enquanto ainda era assessor no órgão. Ele responde por violação de sigilo funcional, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, coação no curso do processo e obstrução de investigações relacionadas a atos antidemocráticos, com penas que podem chegar a 22 anos de prisão.
Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil
Assine nossa news letter
Receba as principais notícias do dia direto no seu e-mail.