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Influencer e empresário são transferidos para presídios em SP após Operação Narco Bet
Influencer e empresário são transferidos para presídios em SP após Operação Narco Bet
Buzeira e Rodrigo Morgado são investigados por envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas
Por: Redação
21/10/2025 às 09:44

Foto: Reprodução/Instagram
O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como “Buzeira”, e o empresário Rodrigo Morgado foram transferidos da Superintendência da Polícia Federal do Brasil (PF) para unidades prisionais do estado de São Paulo. A medida ocorreu após a deflagração da Operação Narco Bet, realizada na última terça-feira (14), que investiga um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de plataformas de apostas vinculadas ao tráfico internacional de drogas.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo (SAP), Buzeira foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória IV de Pinheiros, na zona Oeste da capital. Já Morgado está detido no Centro de Detenção Provisória de São Vicente, no litoral paulista. O empresário teve um pedido de prisão domiciliar negado pela 5ª Vara Federal de Santos.
Influenciador com 15 milhões de seguidores
Buzeira ganhou notoriedade nas redes sociais ao acumular mais de 15 milhões de seguidores. Seu nome já havia aparecido em junho deste ano no relatório do inquérito do caso VaideBet, que investigou possíveis irregularidades financeiras ligadas ao ex-presidente do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo. À época, o documento citava doações e dívidas eleitorais associadas a influenciadores e empresários.
De acordo com a PF, o grupo investigado movimentava grandes somas por meio de criptomoedas, com transferências internacionais para mascarar a origem ilícita dos valores. Parte do dinheiro teria sido canalizada para empresas ligadas ao setor de apostas online. Ao todo, a operação cumpriu 11 mandados de prisão e bloqueou cerca de R$ 630 milhões em bens e ativos.
As prisões ocorreram em diversos estados, incluindo São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Defesas negam irregularidades
A defesa de Buzeira, representada pelo advogado Jonas Reis, declarou que ainda não teve acesso integral aos autos e que é “prematuro qualquer julgamento neste momento”. Segundo nota, o influenciador “é trabalhador, possui residência fixa e renda lícita, atuando de forma pública e transparente nas redes sociais”.
Já os representantes de Morgado afirmaram que o empresário sempre atuou “de forma técnica, ética e regular” como contador, prestando serviços a diversos clientes. A defesa alegou que a conversão de criptomoedas em reais — atividade P2P — não é ilícita, desde que declarada à Receita Federal do Brasil, o que teria sido feito.
Ambos os advogados afirmaram confiar no “pleno esclarecimento dos fatos” e na Justiça brasileira.
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